Luan Martins, Victor Cantillo, Pedro Costa e Giovanni Pavani – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Luan Martins, Victor Cantillo, Pedro Costa e Giovanni Pavani – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

O Núcleo Azulino de Saúde e Performance (NASP) é uma unanimidade. Em ciências, tecnologia e especialistas em medicina esportiva, fisiologia, fisioterapia e demais funções integradas, o Remo está na vanguarda entre clubes brasileiros do mesmo porte.

No entanto, essa estrutura é sub-utilizada. Como consequência, o time está em mais um desabamento. Os 3 meses de António Oliveira no Baenão resultaram em crescente perda de intensidade física, até o time chegar ao nível de rendimento sofrível dos últimos jogos.

Isso não teria acontecido se a direção do clube não tivesse ignorado os dados estatísticos dos atletas, nos relatórios do Departamento de Fisiologia. Esse pecado recorrente é o que está por trás da instabilidade sempre registrada no Campeonato Brasileiro. Isso é inconcebível!

O técnico Rodrigo Santana chegou e viu o time se “arrastando” em campo na Série C de 2024. Intensificou os treinos e o time saltou do risco de rebaixamento para o acesso.

Isso ocorre porque o clube despreza a importância dos serviços de ciência e tecnologia. Mentalidade de curto alcance!

Todo ano, Remo ou Paysandu – ou os ambos – se vêem por conta de “milagres”, como agora é o caso Leão para alcançar o acesso à Série A. O futebol tão físico, tão intenso, não admite as flagrantes perdas de intensidade, tão recorrentes nos nossos principais clubes.

Os dirigentes apanham e não aprendem! Investem alto em ciências, tecnologia e profissionais qualificados, mas não dão atenção às evidências. Amadorismo!

Qualificação

Dirigentes estatutários não terem conhecimento científico é compreensível, mas como gestores, eles têm a necessidade de se cercar de gente capacitada e a obrigação de ouvir os especialistas. Mais que isso, têm o dever de implementar os processos de funcionamento.

É identificando as causas do que deu certo e do que deu errado a cada temporada, promovendo revisões, correções e aprimoramentos que se garante a evolução. Nossos dirigentes agem assim? Não! Apenas repetem as práticas, agindo “lotericamente” na esperança de serem premiados, nem que seja por milagre, como agora.

Desafio

Para o Remo, na estreia do técnico Guto Ferreira, neste domingo (28/09), o desafio é vencer o CRB (AL). Nem tanto pelo adversário, que tem um histórico pífio como visitante – 9 derrotas, 3 empates e 2 vitórias. A questão é que o Leão vem jogando muito mal e tornou-se inconfiável.

Estreia

Guto Ferreira é o 73º técnico a estrear no Remo neste século. A média azulina está mantida, com 3 técnicos por temporada, mesma média do rival bicolor. Fazendo bom trabalho nesta reta final da Série B, Guto deverá ter continuidade no comando azulino em 2026.

O Remo tem a impressionante marca negativa de não ter iniciado e terminado uma única temporada com o mesmo técnico na era profissional. Foram mais de 140 técnicos no período, entre substitutos e substituídos. Acredite!

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 28/09/2025

2 COMENTÁRIOS

  1. Eu queria entender melhor qual é o papel do NASP, por exemplo, no aval para contratações de jogadores… Porque não acredito que um núcleo de excelência (como dizem na imprensa ) seja favorável a contratação de um jogador com um histórico de lesões e que só aguenta jogar por 15/20 minutos. Tem vários desses no elenco do Remo, e Régis talvez seja o maior exemplo. Passa mais tempo no DM do que apto para as partidas. E o Cantillo, joga muita bola… Mas é outro que atuou muito pouco pelo Remo, porque vive lesionado. Tô começando a achar que o NASP não é tudo isso que dizem, ou então, não tem autonomia como deveria ter para desempenhar o trabalho e trazer o resultado que o clube precisa.

  2. Não adianta chorar só re o leite derramado,temos que seguir em frente e partir pra cima de nossos adversários com um único pensamento:VENCER E VENCER!!

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