São Bernardo-SP 3×1 Remo (Muriqui) – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
São Bernardo-SP 3×1 Remo (Muriqui) – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

A torcida azulina tomou um susto na quinta-feira (04/05). Com bons números e desempenho na temporada 2023, o Remo teve pela frente, na rodada de abertura da Série C, o adversário mais organizado do ano – o São Bernardo (SP).

O time do ABC paulista dominou o Leão no estádio Primeiro de Maio e não teve dificuldades para sair de campo com a vitória por 3 a 1.

Para construir o placar, o adversário azulino não só utilizou bem as armas que tinha, mas também aproveitou pontos fracos do Leão.

Uma análise sobre a partida entre Remo e São Bernardo (SP) explica os motivos pelos quais a equipe treinada por Marcelo Cabo saiu de campo derrotada na estreia da Série C.

Para compreender o mau desempenho remista, é importante que os olhares sejam voltados ao comportamento defensivo. No duelo, o Leão se defendeu em uma formação 4-4-2, com a primeira linha sendo composta pelos laterais e zagueiros, a segunda marcação tinha Richard Franco, Anderson Uchôa, Pablo Roberto e Galdezani.

Este tipo de marcação, no entanto, não estava sendo adotado pelo Leão no decorrer da temporada. Desde que Marcelo Cabo achou um “time ideal”, o Leão tem marcado em uma espécie de 4-1-4-1. O volante Anderson Uchôa, importante peça remista, fazia a função de “jogador entre linhas”, cobrindo os espaços gerados.

A mudança, talvez por não estar 100% adaptada ao elenco azulino, não foi bem executada.

O jogo entre as linhas defensivas foi justamente a chave para o São Bernardo (SP) construir o resultado. Nos primeiros 15 minutos de jogo, quando a equipe paulista fez bastante pressão e abriu o placar, quase todos os lances de perigo surgiram em jogadas criadas nesse precioso espaço gerado na entrada da área azulina.

As brechas na defesa foram originadas pela falta de compactação. Havia assimetria entre as linhas de marcação, que faziam um “buraco” entre a zaga e o meio-campo.

Um dos pontos fracos do Leão foi o lado direito da defesa. Quem ficava responsável pela cobertura do por aquele setor não era o lateral-direito Lucas Mendes, mas o zagueiro Diego Guerra, que não tinha a velocidade necessária para acompanhar os avanços do time da casa. O 3º gol sofrido, inclusive, saiu em falha no setor.

Nos 15 primeiros minutos, o Remo realizou a “transição ofensiva” pelas laterais. No entanto, as jogadas não eram completadas por dois motivos – alta pressão adversária pós-perda e falta de compactação entre as linhas, fazendo com que o São Bernardo (SP) facilmente roubasse a posse, seja por extrema pressão em cima do jogador com a bola, ou por passes errados dos azulinos.

Depois, o Leão passou a atacar mais pelo meio. Pablo Roberto e Muriqui voltaram a se conectar, mas tinham jogadas geralmente interceptadas pela defesa.

O Leão volta a campo neste domingo (07/05), a partir das 19h, para enfrentar o Botafogo (PB), no Mangueirão. O jogo é válido pela 2ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora.

O Liberal, 06/05/2023

11 COMENTÁRIOS

  1. Série C é jogada mais na força que técnica, é um campeonato que prima a eficácia, é meter gol e não levar. Assim, clube que quiser brigar para subir deve buscar sempre pontuar fora e vencer em casa. Vale mais jogar feio e vencer!

    Considerando a característica do seu plantel atual, acredito que o modelo mais adequado de jogo para o Remo seja o 4x1x4x1 (sem a bola) variando para o 4x3x3 (de posse da bola), porém trocando passes mais rápido e objetivamente, com infiltração ofensiva e acerto nos chutes a gol, exatamente como jogaram contra o Corinthians em Belém. Mais inspiração que jogo bonito!

    • Verdade! Mas para isso tudo funcionar precisa alertar o jogadores para entrarem concentrados para não pegar gol antes dos 15 minutos. Alertar principalmente o hoje lerdo e sonolento Vinicius que hoje cai na bola depois que ela já vem voltando do fundo das redes e, pior, aa vezes chega nela depois que ultrapassou a linha do gol. Aí, não dá, né?

  2. Eu não sei onde enxergam essa cobertura do Uchoa, que inclusive faz poucas faltas, mas duras, poderia ter sido expulso. Uchoa é um jogador franzino, até bom de cabeça pelo porte que tem, joga numa faixa do campo que vai da frente da grande área, até abaixo da linha de meio de campo, fica normalmente por ali. Toca passe de lado e para trás. É um distribuidor de passes para essas direções. Inclusive, às vezes mata contra ataque por só olhar pro lado e para trás. É o seu jogo de segurança.
    Vivem elogiando, quem ler parece que é o Modric, ele está muito longe disso. Mas ele jogou na mucura e sempre teve esse status de um bailarino dentro de campo.
    Não vejo! Poderia citar suas falhas recentes, mas não vou me dar ao trabalho. Mas nem ele e nem ninguém está dando cobertura a zaga, que é lenta sim. Vários passes errados, do Pablo, do Galdezani, geraram contra ataques, que por sorte, nada aconteceu.
    Remo também está sem uma boa bola parada, ninguém sabe bater falta, nem escanteio, querem fazer olímpico, pode até acontecer, mas é mais certo meter na cabeça de quem sabe cabecear: o próprio Uchoa, o R. Franco, até o Fabinho.
    E voltando a falar de cobertura, que não tem. Numa falta que o Ícaro cobrou, na barreira pra variar, ele mesmo teve que correr, e desarmar já dentro da grande área a bola do adversário, que demorou um pouco pra finalizar. Cadê a cobertura?

  3. Na verdade eu vejo o Diego Guerra como o menos lento da zaga, pois o Ícaro é muito mais lento (qualquer adversário sai atrás dele e chega na frente). O Uchôa tá sobrecarregado na frente da defesa, pois o Richard Franco, na verdade, não tá fazendo a função de marcação, ele tá confundindo o esquema de chegar de surpresa no ataque, com ficar a maior parte do tempo posicionado pra atacar e isso tá prejudicando a marcação, uma vez que ele perde a maioria das chances que tem no ataque, pois nem tem qualidade pra isso. E pra finalizar, o Remo continua precisando de um camisa 10 de verdade, aquele meia que cadência o jogo e faz passes que quebram as linhas de marcação.

  4. O técnico do são Bernardo estudou o modelo de jogo do Cabo. Ele sabia que a saída de bola começa pela direita procurando o Uchôa, então ele colocou o João Carlos no mesmo lugar do Uchôa, impossibilitando o toque.
    Mas a saída de bola do Remo está pensa para a direita, precisa treinar aos lados e ao meio.
    Falta um pouco mais de verticalidade na transição.
    Eu bato, e continuo a bater na tecla, precisamos de um camisa 10 diferenciado, o Pablo é um segundo volante e joga muito bem nessa função. E outro camisa 9, pois o Fabinho estava perdido no.jogo, essa competição não é do nível dele.
    Se no Brasil não tem esse 10 e 9 trás de outro país latino. De preferência, algum time que eles já estejam jogando juntos. 30, 40 ou 50 mil no Brasil, e muito mais atraente que muitos países latinos.

  5. Em um jogo já arrumaram tudo isso de problema? Vamos com calma. A cada derrota querem desconsiderar todo o trabalho do ano. Vamos aguardar mais rodadas pra saber nossa real situação na competição

  6. Acho que precisamos repensar algumas posições dessa equipe,a começar por nosso Goleiro;temos que parar de tomar gols de bolas alçadas na pequena e grande área de nossa defesa.Alem disso,precisamos de um camisa 5 cão de guarda,que retenha a 2′ bola,não jogue para trás e imponha respeito a frente da zaga.Seria o início!!!

  7. Marcelo Cabo, tem que trocar de goleiro urgente e colocar Diego Ivo na zaga, se não vamos rezar pra não cair pra série D.

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