Apesar da interrupção da temporada por causa da pandemia do novo coronavírus, Wallace ainda tem grandes expectativas para o ano de 2020. O atacante de 20 anos mantém a meta de se firmar no time principal e a saída de Jackson, na semana passada, abriu espaço no setor ofensivo.
“Espero que sim. Estou trabalhando para ter uma sequência boa de partidas”, revelou o artilheiro nas categorias de base do Remo.
A primeira vez que subiu para o profissional foi em 2018, mas não chegou a jogar. Wallace foi colocado em definitivo como parte do plantel para a disputa do Campeonato Paraense na atual temporada, mas não foi aproveitado com o técnico Rafael Jaques. Porém, a situação mudou com a chegada de Mazola Júnior.
“Até a paralisação, vinha tendo mais oportunidades com o professor Mazola e isso sempre me dá mais confiança. Fico trabalhando firme em busca disso, como qualquer jogador”, comentou.
“Quero meu espaço, minhas oportunidades. Vou me doar 110%, se for preciso”, salientou Wallace.
O atacante estreou oficialmente ao entrar no segundo tempo do jogo contra o Independente, o último antes da interrupção do Parazão por causa do Covid-19. Até então, só havia figurado no banco de reservas. Confiante de que pode continuar sendo aproveitado quando as competições forem retomadas, o atleta mantém a forma física com afinco em casa.
“Tenho ficado bastante com a minha família e treinado em casa, da maneira que posso. Claro que a infraestrutura do clube é muito maior, mas não podemos ficar parados nesse momento. Temos que trabalhar forte para não perder fisicamente e para voltar a temporada, que vai ser longa daqui para frente”, contou.
Ciente de que muitas pessoas estão sendo afetadas de maneira direta ou indireta pela pandemia, o Remo fez algumas ações beneficentes nas últimas semanas. Uma delas foi um Re-Pa solidário, em que foram doadas 266 cestas básicas para vendedores autônomos que trabalhavam em jogos de Remo e Paysandu e tiveram a renda afetada pela paralisação do torneio.
“Acho que o Remo vem fazendo um excelente trabalho nessa questão social. Sempre foi um clube grande, gigante, com bastante tradição. Ações assim só demonstram a grandeza do clube. Um clube, para ser considerado grande, tem que ter noção do seu papel social e de assistência à população”, afirmou Wallace.
“Temos que demonstrar o nosso apoio, nossa ajuda, em solidariedade aos médicos e profissionais da saúde, pois eles estão sendo os nossos verdadeiros heróis nesse momento. Sempre foram, na verdade, mas agora mais do que nunca”, concluiu.
Globo Esporte.com, 16/04/2020