Remo 2x2 Luverdense-MT (Marcão Assis)
Remo 2x2 Luverdense-MT (Marcão Assis)

Em 5 jogos, nenhuma vitória. De 15 pontos disputados, somente 3 conquistados. Uma perda considerável em qualquer disputa, mas amplificada em um torneio cuja fase classificatória tem somente 18 jogos. A campanha recente do Remo na Série C é digna de preocupações sérias por parte da comissão técnica.

Soluções encontradas meio ao acaso no último jogo, diante do Luverdense (MT), podem ser assimiladas e talvez resolvam o maior drama da equipe ao longo de toda a competição: a timidez dos atacantes.

Curiosamente, o Remo até consegue marcar gols (fez 13), mas boa parte deles foi obra dos zagueiros. Não por acaso, Marcão é o principal goleador do time, com 3 gols.

Márcio Fernandes tentou com com os meias Douglas Packer e Carlos Alberto efetivar uma dupla criativa capaz de fazer com que o ataque girasse a bola, criando as condições para abrir os sistemas defensivos dos adversários. Funcionou até certo ponto.

Em alguns jogos, Douglas foi bem. Em outros, nem tanto. Carlos Alberto foi ainda mais inconstante. Jogou bem contra Boa Esporte (MG), Tombense (MG) e Volta Redonda (RJ), mas andou sumido nos últimos 5 jogos, justamente no momento em que o time empacou.

Ao lado de Eduardo Ramos, Carlos Alberto vem se mostrando ainda mais ausente, pouco à vontade para as manobras que o meio-campo precisa executar a fim de que o ataque funcione.

Contra o Luverdense (MT), sua ineficiência rendeu uma troca logo aos 23 minutos de partida. A entrada de Emerson Carioca, mesmo fora de suas características habituais, foi suficiente para dar ânimo novo ao time. Deu consistência ao meio e se aproximou das ações de ataque, exatamente o que Carlos Alberto não fez.

Na etapa final, Fernandes lançou Guilherme Garré, tornando ainda mais leve a distribuição de jogo, com o passe fluindo normalmente. Foi a chave para que o Remo adquirisse a presença ofensiva necessária para ir em busca do empate.

É quase certo que o técnico, a partir de agora, deverá trabalhar com uma nova configuração do meio para frente. A questão é que a esperada entrada em cena de um centroavante de referência – Marcão Assis – não se mostrou eficaz até o momento.

Com isso, Alex Sandro, mesmo desperdiçando uma chance de ouro contra o time mato-grossense, deve merecer novas chances como titular, até porque Emerson Carioca está fora do jogo de sexta-feira (19/07), contra o Ypiranga (RS).

Garré é outro que deve ser mais utilizado, pois pode ser o parceiro de Eduardo Ramos na construção de jogadas.

Acima de tudo, Fernandes deve ficar atento ao fato de que o Remo passou a ser um time previsível, que tinha na participação dos meias seu ponto mais forte. Os laterais apoiam pouco, sendo que a perda de Rafael Jensen pode ser ainda mais danosa ao esquema do que pode parecer.

Mesmo improvisado, o zagueiro atuava como um lateral-direito em ascensão nas investidas ao ataque, conciliando força e habilidade. Além de recuar quando necessário para reforçar a marcação.

O fato é que os atacantes seguem devendo e o afunilamento da competição exige justamente uma produção ofensiva em alto nível, capaz de surpreender as zagas inimigas.

O problema é que o desempenho dos dianteiros é desalentador. Gustavo Ramos, em 25 jogos, marcou 4 gols. Alex Sandro, em 18 partidas, também fez 4 gols. Emerson, em 19 jogos, somente 3 gols.

Blog do Gerson Nogueira, 16/07/2019

5 COMENTÁRIOS

  1. Só falou o que já venho falando há muito tempo. Só digo mais uma coisa, o Douglas até quando.tinha fôlego vinha buscar a bola no grande círculo e até na intermediária do Temos, assim o time mantinha a posso de bola e sofria poucos ataques, com a ausência dele, mais precisamente a partir do segundo tempo contra o volta redonda, em que ele não estava bem, o Remo passou a perder o meio de campo e os adversários cresceram. Aproveitaram brechas e o time passou a levar muitos gols. O Remo já tem muitos problemas no ataque e se não resolver esse buraco no meio, essa falta de conexão entre os volantes e o meia, esqueçam classificação, vamos continuar levando gols e tendo dificuldade de marcar.

    • Então a solução para o Remo é a entrada do Djalma para vir buscar a bola dos volantes e tabelar com o Eduardo Ramos.
      Esse técnico do Remo é burro..

      • Remo deve jogar com Djalma e Ramires recuados, Yuri mais avançado e Eduardo Ramos de meia. Pelo menos estava treinando assim antes da viagem.

  2. Creio que Eduardo Ramos e Garré aproximarão mais a maio campo azulino, mas as jogadas de profundidade devem contar com os meias se apresentando mais vindo de traz, e os jogadores de que chegarão a linha de fundo devem aproveitar melhor essas jogadas. Desse jeito, qualquer defesa é facilmente desmontada.

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