O Remo caminha em um terreno de incertezas. A desclassificação na Série C do Brasileirão fará com que vários assuntos que vinham sendo colocados para debaixo do tapete venham à tona. O torcedor convive com uma espécie de “replay” de um cenário que é igual, ano após ano. A esperança dessa mesma torcida, aos poucos, vai dando lugar à desilusão. A temporada 2017 para o Leão é mais um exemplo de que o amadorismo, cedo ou mais tarde, cobra. No caso remista, pode cobrar caro.
A primeira dúvida é como ficará a estrutura do Conselho Diretor do Remo daqui para a frente. O diretor de futebol Marco Antônio Pina já anunciou a entrega do cargo e outras saídas devem vir pela frente. O presidente Manoel Ribeiro também é pressionando de todos os lados, como no protesto da última terça-feira (05/09), para deixar a presidência ao comando do vice, Ricardo Ribeiro.
Independente de quem fique à frente do Remo, o presente não será dos mais fáceis, já que o clube sobrevive das rendas dos jogos, que não devem mais acontecer oficialmente até o final de janeiro de 2018, com o início do Campeonato Paraense.
Com os patrocínios bloqueados para o pagamento de dívidas trabalhistas, a saída serão os empréstimos, os amistosos pelo interior do Estado com o time Sub-20 e a arrecadação com o sócio-torcedor, que segue sendo pouco atrativo.
Falando em Justiça do Trabalho, essa é a certeza de mais problemas. Alguns jogadores não devem aceitar acordos para o pagamento de salários atrasados e dos que ainda irão vencer. Logo, virão as ações indenizatórias e nelas deverão conter inúmeras situações de danos morais.
Muitos atletas denunciam que tiveram que deixar os seus apartamentos devido às ameaças de despejos. Ainda há a possibilidade de uma denúncia no STJD, que poderia levar à perda de pontos e um rebaixamento à Série D, o fundo do poço do futebol brasileiro.
Ainda no que tange à Justiça do Trabalho, a situação de Eduardo Ramos merece bastante atenção. Em abril, ele acionou a Justiça cobrando mais de R$ 3 milhões do Remo. No final de maio, entretanto, retirou a ação e foi realizado um acordo para o pagamento da dívida, o que não vem sendo cumprido não sua totalidade. O contrato do meia termina no final da temporada e uma nova possibilidade de processo atrapalharia ainda mais as finanças azulinas.
Porém, é no Baenão, um dos maiores símbolos do Remo, que pode morar a esperança por dias melhores para o clube, mas o Evandro Almeida está inativo para partidas. Então, como fazer?
Percebendo a inércia das administrações, a torcida resolveu se unir para reabrir o estádio. O projeto, de torcedores para torcedores, anda a passos largos para ser finalizado. É nesse Fenômeno que está o principal motivo do Leão não deixar de rugir, mesmo em meio a tantos atropelos. É justamente essa união que faz do Remo uma equipe, ainda, grande.
Globo Esporte.com, 10/09/2017
Infelizmente o Leão azul passa por esse inferno astral!!!!
Espero que td se resolva da melhor forma possível!!!
Torço p/que dias melhores surjam p/esse tradicional clube,dotado de uma fabulosa torcida!!!
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