Baenão
Baenão

No dia 15/08, o estádio Evandro Almeida, do Clube do Remo, completou 100 anos. A data não passou em branco e foi marcada por uma comemoração, embora simples, mas muita festejada pelo grupo que encabeça o “Projeto Retorno do Rei ao Baenão”. O torcedor azulino, sempre ao lado do Leão Azul, compareceu ao evento, proporcionando um dia de significativa comemoração.

A renda auferida na programação foi destinada às obras que o projeto vem realizando no estádio para tê-lo funcionando em 2018, no Campeonato Estadual. O trabalho visa colocar o estádio em condições de receber jogos de pequeno porte. Essa é a principal meta do grupo formado por torcedores de diversas classes sociais, mas todos seguindo o lema “Servir ao Remo” acima de tudo e de todos.

O Baenão, que já foi palco de jogos memoráveis em um século de existência, hoje é uma caricatura de estádio de futebol. Seu passado de glórias começou ser enxovalhado em 2013, na gestão do então presidente Zeca Pirão, com sua infeliz ideia de derrubar as cadeiras cativas para erguer camarotes. Pirão deixou o cargo e não cumpriu a promessa.

Seu sucessor, Pedro Minowa mesmo sendo empresário do ramo de construção civil, não moveu uma pedra sequer pelo proseguimento da obra. Com o tempo, o estádio azulino, que já recebeu público de 35 mil torcedores em um Re-Pa em 1976, passou a sofrer as agruras do tempo e o abandono.

Veio a gestão de André Cavalcante, de apenas 9 meses. Neste tempo, houve promessas de que o estádio estaria pronto em agosto de 2016. A campanha do porcelanato começou e não terminou, sendo até foi motivo de chacota de torcedores rivais. Torcedores pagaram caro por uma obra mal estruturada e que não teve seguimento.

Já na campanha de Manoel Ribeiro para presidência, teve cabo eleitoral que prometeu reerguer o estádio em 3 meses. Foi notícia “plantada”, até mesmo a vinda de um grupo de empresários, em uma parceria para alavancar o estádio. Haja sofrimento!

Em maio de 2017, o Baenão completou 3 anos de seu último jogo oficial: Remo 4×0 Independente. Como nada é duradouro, sobretudo no plano material, eis que um grupo de apaixonados torcedores resolveu encarar o desafio de recolocar o estádio centenário aos interesses do clube e da própria torcida, sem sombra de dúvida, a mais prejudicada com o problema.

O grupo lançou o projeto “Retorno do Rei ao Baenão”, que vem batalhando na recuperação do estádio. É um trabalho quase anônimo, porque os torcedores não gostam de aparecer para a mídia, mas estão presentes todos dias no canteiro de obras da praça esportiva do Leão.

Raimundo Simão, publicitário, diz que o projeto não para desde que começou e nada de onda negativa pode parar os serviços.

“A gente convida o torcedor para vir ver as obras, pois nesta semana já entregamos parte da arquibancada que dá para a Avenida Rômulo Maiorana (25 de Setembro) toda pronta, revitalizada e segura para receber a torcida para jogos. Já é um ganho nosso, um avanço de 60 dias do projeto”, contou.

Simão fala que tudo que vem acontecendo no estádio tem o aval da diretoria azulina, embora haja críticas de pessoas alheias ao grupo e ao projeto. Simão não comenta outros projetos que não foram avante e, por isso, segundo ele, antes de alavancar o “Retorno do Rei ao Baenão”, foi feito um estudo sobre os projetos anteriores, analisando os motivos do fracasso.

“O grupo decidiu investir com alma e coragem contando com apoio de pessoal de marketing, jurídico, social, todos profissionais de gabarito, abraçando a causa, sem vínculo político com A ou B. A gente agradece ao presidente Manoel Ribeiro pela oportunidade de poder trabalhar pelo Remo. Se não fosse ele, nem teríamos começado as obras”, lembrou.

Simão não nega que o projeto precisa de ajuda e doações para não parar. “Já gastamos em torno de R$ 120 mil, contabilizando mão-de-obra e materiais de construção”, revelou.

A força-tarefa é de 10 operários, mas os componentes do grupo também pegam no pesado. “Chamamos o torcedor para ver aonde e como está sendo empregada sua doação. A gente vive do torcedor, além de vendermos nossos produtos, como camisa, canecas, chapéus. A gente não pede só dinheiro, pedimos também ajuda moral, aquela em que o torcedor vem fala: ‘Valeu, vocês está agindo certo'”, concluiu.

O Liberal, 10/09/2017

13 COMENTÁRIOS

  1. SÓ ISSO, PESSOAS INCOMPETENTES. A Nação Azul, têm que reunir algumas pessoas e passar a administrar o clube. Ou, uma pessoa de sua confiança.

  2. As pessoas que dizem conselheiros do remo,todos são antigos com ideias antigas,e é por isso que o remo está nessa lama de incompetente administrando,uma vergonha tem que mandar todos ir embora,tem que colocar gente competente,temos que tirar exemplo pro nosso rival,eles se organizaram enquanto o remo se tornou um time sem rumo

    • Meu caro, assim como voce tambem sou torcedor e, alem disso sou Conselheiro recém eleito e nao faço parte dos “antigos” que aliás aqui estão pela omissão de torcedores como voce que só criticam mas não comparece para dar a cara pra apanhar nos momentos difíceis e se quer colabora para a melhoria do clube pelo menos filiando-se a Nação Azul. Vc deveria saber que quem dirige o Clube é o Conselho Administrativo e não o Deluberativo, pois se sobesse não estaria culpando o CONDEL, que igualmente vem pressionando a atual presidência e apresesentando sugestões objetivas para melhoria do nosso Clube. Convido você a juntar-sr a nós de verdade se associando ou adquirindo Sócio Torcedor, para nas próximas eleições, poder candidatar-se e ajudar a mudar os rumos do nosso clube e, não somrnte criticar por criticar.

      • Só acrescentando que sócio-torcedor não tem direito a voto, segundo o estatuto do clube. Para votar e ser votado, é necessário comprar um título de sócio proprietário do clube. O Condel bem que poderia acrescentar o direito a votar (não ser votado) aos sócios-torcedores também.

      • Caro Lairson, seu comentário só deixa claro que o clube está na mão de pessoas incompetentes e que nem sequer conhecem o estatuto retrógrado do clube. A torcida é o maior patrimônio do clube e maior fonte de renda e deveria ser respeitada e não pensando em aumentar valores e reduzir benefícios, afastando o sócio torcedor. Seu comentário deixa mais claro ainda que a sede do clube pode ser chamada de Brasília, só políticos brigando por interesses próprios e não se juntando para um resultado bom para o clube. Aceite que você participa da gestão do clube e admita sua incompetência. Tire a água do barco e não pule dele e aponte um culpado para a batida no casco!

  3. aqueli velho filho da puta tal de ribeiro ladrão tem que que devolver pro Remo o dinheiro que está com ele safado drx

  4. c remo nao merece a torcida que tem . vcs devem respeito a torcida . isso e pra torcida nao ir mas da dinheiro pra esses bando de safados . proximo ano vamos fazer uma campanha torcida 0 zero. ningue vai enguanto nao mudarem nao mudarem esse quadro.
    !

    • Essa ideia de torcida zero, é uma idiotice sem tamanho. O que a torcida tem que fazer, é se unir e lançar um candidato com ideias novas, e partir pra cima atrás do voto dos sócios do clube. Aí sim, ganhando a eleição no voto e com uma diretoria de responsa, o clube do remo com certeza vai ser colocado onde merece, campeão de tudo.

      • Boa sugestão. Assim como a torcida está se movendo para levantar o Baenão, deveria buscar uma pessoa capacitada e lançar a candidatura.

  5. O Clube precisa se modernizar, incluindo o sócio torcedor na estrutura do clube. Tem que ter direito a voto sim, como é o ST dos maiores clubes do País, e profissionalizar setores do clube, como o jurídico, marketing e categorias de base. Esse festival de incompetentes nas diretorias do conselho administrativo tem que acabar.

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