André Alves – Foto: Divulgação (Clube do Remo)
André Alves – Foto: Divulgação (Clube do Remo)

O Remo estará na Série A do Campeonato Brasileiro em 2026 e planeja uma série de movimentos estratégicos para evoluir financeiramente. O clube paraense apostará nos dias de jogo (matchday), no programa de sócio-torcedor e em licenciamentos como caminho para chegar a um faturamento de R$ 230 milhões.

Na elite, a presença de adversários de expressão nacional atrairá um público maior e permitirá uma prática de preços que elevarão consideravelmente a arrecadação por partida, transformando o “matchday” em uma das principais linhas de receita do clube para a temporada.

André Alves, ex-CEO do Remo e atualmente parte do conselho da presidência do clube, explicou que o Mangueirão será essencial para isso.

“Trabalho muito com linhas de caixa, de gestão. A gente tem bilheteria e alimentos e bebidas. Então, isso é um caixa. Você precisa melhorar sua operação de jogo. Quando falo de operação de jogo, você vai jogar com Flamengo (RJ), Vasco (RJ), São Paulo (SP), Corinthians (SP), temos um estádio de 55 mil pessoas e isso já vai dobrar a receita” , afirmou.

O tíquete médio, que já se apresentava elevado na Série B, tende a crescer com a exploração de camarotes e pacotes de hospitalidade, inclusive para jogos fora de casa, aproveitando o poder aquisitivo de uma parcela da torcida.

“No dia seguinte ao acesso, já tinha fila de gente querendo comprar camarote. Vamos criar um programa também para viajar. Você começa a criar outras linhas de receita, porque o torcedor do Remo também tem um poder aquisitivo alto”, exaltou o executivo que, na data da entrevista, ainda era CEO do Remo.

Outras frentes de trabalho concentram-se na profissionalização do programa de sócio-torcedor e no licenciamento de marca. Os números atuais de associados são considerados baixos diante do tamanho da base de torcedores, o que indica um espaço para crescimento.

A visibilidade proporcionada pela Série A será a ferramenta para alavancar esses departamentos e dobrar o faturamento específico dessas áreas.

“A gente tem um sócio-torcedor com 5 mil pessoas. É baixíssimo! Essa é uma outra receita que é fantástica, mas precisamos profissionalizar essa linha para poder dobrar esse faturamento e ter mais recursos entrando. Você tem a loja (oficial) e o licenciamento, uma outra parte que é importantíssima a gente profissionalizar isso e capitalizar”, apontou André Alves.

O objetivo final dessa reestruturação financeira é atingir um orçamento que pode chegar a R$ 230 milhões. A estratégia consiste em destravar recursos que o clube considera reprimidos para reinvestir na própria estrutura do futebol, garantindo uma folha salarial competitiva e melhorias no Centro de Treinamento.

“O Remo trabalha com um orçamento de R$ 170 milhões a R$ 180 milhões, mas que pode ser de R$ 230 milhões. Com isso, você consegue ter essas premissas de investir”, concluiu o executivo.

Máquina do Esporte, 12/12/2025

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor informe seu comentário!
Por favor informe seu nome aqui