Klaus e Pedro Rocha – Foto: Thiago Gomes (O Liberal)
Klaus e Pedro Rocha – Foto: Thiago Gomes (O Liberal)

O Re-Pa nº 779 tem tudo para ser o mais empolgante disputado na temporada. Até o momento, os rivais disputaram 3 clássicos, todos pelo Campeonato Paraense. O equilíbrio prevaleceu, com uma vitória para cada lado e um empate.

Neste sábado (21/06), às 18h30, é certo que acontece o tira-cisma, por uma razão bem natural – Remo e Paysandu precisam da vitória porque o empate é péssimo negócio para ambos a essa altura da competição.

Azulinos buscam voltar para o G4 e bicolores tentam sair da “lanterna” e emendar uma sequência vitoriosa depois de 11 rodadas de tropeços.

São missões opostas, mas com o mesmo grau de dificuldades. Para alcançar seus objetivos, ambos terão comandantes que nunca trabalharam como técnicos no clássico. O bicolor Claudinei Oliveira disputou o jogo como goleiro do Remo no início dos anos 2000.

Como técnico, Claudinei leva a pequena vantagem por ter estreado na rodada passada, quando comandou o time na vitória sobre o Botafogo (SP), a primeira do time na Série B.

Do lado remista, o português António Oliveira chegou no começo desta semana, conheceu os pontos turísticos e a gastronomia paraense, mas só foi apresentado formalmente como técnico da equipe na sexta-feira (20/06). Um embaraço de ordem burocrática retardou a assinatura do contrato.

No papel de novo comandante, Oliveira tem que mandar a campo um time capaz de superar a má apresentação da 12ª rodada, quando o Remo perdeu para o Athletico (PR), fora de casa. Por sorte, terá à disposição quase todos os jogadores que estavam lesionados, incluindo o artilheiro Pedro Rocha.

A responsabilidade de Claudinei não é menor. Com a oferta de 10 reforços, que chegaram praticamente junto com ele, precisa avaliar se é hora de mexidas radicais no time ou se prestigia os remanescentes da campanha sob a direção do ex-técnico Luizinho Lopes. Deve ficar no meio-termo. Benitez, muito questionado pela torcida, pode perder lugar para o novato Diogo Oliveira.

Como se vê, problemas e desafios de tamanhos parecidos.

Torcidas responsáveis por um grande privilégio

Poucos são conscientes do tremendo privilégio que é ter um clássico com espaço para duas torcidas, lado a lado, vibrando e se esgoelando antes, durante e depois que a bola rolar.

O Re-Pa é assim, por enquanto! Apesar das hostilidades e ações violentas, vistas em muitos momentos, torcedores azulinos e bicolores ainda compartilham o Mangueirão.

É quase um milagre que isso permaneça valendo até os dias de hoje, depois que grande parte das capitais brasileiras aboliu a presença de torcidas rivais em clássicos regionais. A explicação é simples para o sistema de torcida única em Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS) – o imenso trabalho que é cuidar de gente turbulenta e belicosa nos estádios.

Clubes e órgãos de segurança preferem não assumir a missão de administrar rivalidades. Não se pode condená-los por isso, mas que é um crime de lesa-futebol, ah, isso é!

Poucas cenas são tão empolgantes quanto a visão de duas torcidas postadas frente a frente, explodindo de entusiasmo e felicidade enquanto seus times se enfrentam em campo.

Sempre que o Re-Pa acontece, é justo que se observe e valorize essa condição cada vez mais rara, com a sensibilidade de entender que a responsabilidade é de todos – torcidas, clubes, jogadores e Federação. Por isso, cada novo confronto entre os rivais é também um teste civilizatório.

Os 50 mil torcedores que irão ao Mangueirão neste sábado (21/06) têm a missão especial de fazer com que tudo comece e termine bem.

Blog do Gerson Nogueira, 21/06/2025

3 COMENTÁRIOS

  1. QUE PORRA DE TREINADOR FOI ESSE QUE CONTRATARAM ??????????.? PQP EU JA VI MERDA, MAS A TORCIDA DO SPORT DO RECIFE…..PRESIDENTE BC FD…

  2. Esses merda gosta de ressuscitar morto, que pipoqueiros, pode esperar agora so descendo. Monte de jogador sem sangue, manda embora esse dodô que merda e todos resto

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