O presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul, detalhou o “novo mundo” vivido pelo esporte no Estado, indicando novidades no calendário da próxima temporada, assim e destacando a necessidade de mais participação do Norte nas decisões do futebol do país.
Afinal, é assim que ele quer ver o Estado – como um embaixador de grandes eventos na Amazônia.
“É necessário construir uma rede de relacionamentos, contribuir com essas inserções e, principalmente, ter disposição para estar presente. Quando você frequenta esses ambientes regularmente e leva pautas relevantes, começa a atrair atenção para a nossa região. Para a imagem do futebol paraense e o desenvolvimento dos clubes, é fundamental contar com essa representação ao nível nacional”, disse.
Ricardo acabou de voltar de São Paulo, onde participou de reuniões com líderes de Federações de todo o país. A ideia é trazer novidades para o futebol paraense, que já serão aplicadas na próxima temporada. Segundo ele, os regulamentos das três divisões do Campeonato Paraense devem sofrer alterações.
“A gente tinha uma Série A com 12 clubes e uma Série B com quantos fossem inscritos. Isso pode parecer um número grande, mas tem um problema nisso. Imagina quanto custa a logística da Série B do Parazão. Quem banca isso? A FPF não tem esse custo e o campeonato acaba ficando desinteressante. É muito longo e cada ano vai mudando. É um formato que fica difícil de conseguir patrocinador. Por conta disso, vamos padronizar, já na próxima temporada, serão 3 divisões com 12 clubes cada. Com essa organização a gente inverte um declínio financeiro”, explicou.
A base terá uma nova competição a partir da próxima temporada. Os “festivais” serão competições curtas, disputadas por crianças entre 9 e 13 anos, em um final de semana, em um formato similar ao antigo “Torneio Início”.
“O grande problema que o Pará enfrentava era a ausência de competição e isso afetava a base, porque os atletas não tinham minutagem para desenvolver. Saltamos de 5 para 37 competições. Vamos divulgar, em breve, o novo calendário com os festivais de base, com Sub-9, Sub-11 e Sub-13, dando aos clubes a oportunidade de desenvolver a base e fazer transações ou abastecer o profissional”, anunciou.
A ausência de torneios de base, antigamente, afetava nos ativos do clube. Remo e Paysandu, por serem clubes de massa, costumam arrecadar com bilheteria, mas pouco na venda de jogadores. Segundo Gluck Paul, isso era um reflexo da formação incipiente de jovens talentos.
“Falo isso porque fui presidente de clube e vi jogadores da base com 15, 16 jogos na carreira, quando deveria ter isso por semestre. Um atleta de base tem que fazer 50, 60 jogos por ano para fazer a transição. Recebi um telefonema do Ferreirinha, presidente do Águia de Marabá. Os talentos saíam com 14, 15 anos e iam para outros Estados. Essa revolução da base é muito importante para solidificar a realidade da base e dos próprios clubes, que podem negociar e ter rendimentos com essas transações”, comentou.
Outro anúncio importante feito por Gluck Paul está relacionado a melhoria dos gramados. Segundo ele, a FPF está inscrita em um programa de melhoramento de campos de jogo pelo Brasil. A ideia é que, já em 2025, a Federação receba recursos.
“É um problema real que tem que ser enfrentado. A Federação está tentando. É responsabilidade da FPF. Se a gente elevar o nível das praças que recebem os jogos nesse primeiro momento, não teremos campeonato, porque apenas 3 ou 4 campos estão aptos. Muitos pertencem ao município, outros são privados. Em 2025, conseguimos inscrever-nos na CBF em um programa para receber recursos de melhoramento em alguns gramados, para que estes gramados sirvam mais de um clube”, apontou.
Outro ponto citado por Ricardo foi o futebol feminino. Nos últimos anos, o Estado conquistou 2 acessos para a Série A2 do Campeonato Brasileiro, com Remo (2023) e Paysandu (2024), e terá, em 2025, os 2 times na “Série B” feminina. Segundo o mandatário, isso é reflexo do aumento de competições para o futebol de mulheres no Pará.
“O Pará está entre os 3 Estados que mais competem entre mulheres no Brasil. A gente vai fechar este ano com 10 competições, entre Sub-15, Sub-17, Sub-20, profissionais e festivais. Isso fez com que apresentássemos números positivos para a Fifa. Estamos na fase da quantificação, ainda vamos chegar na qualificação. Hoje, temos um calendário feminino que preenche o ano todo. Procure no Brasil quem faz isso. Existem outras Federações fortes, mas nosso trabalho é muito específico”, explicou.
Belém poderá ser cidade-sede da Copa do Mundo Feminina de 2027, que ocorre no Brasil. A decisão foi tomada após uma reunião, realizada na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Mangueirão, principal estádio do Estado, receberá as partidas da competição.
O Liberal, 01/12/2024
A FPF TEM QUE APOIAR MAIS OS CLUBES COMO TUNA, ÁGUIA,CASTANHAL E OUTROS PARA SUBIR PARA A SÉRIE C.ATÉ REMO E MUCURA TBM, SÓ ASSIM O PARÁ CRESCER E É BOM PARA TODOS
Copa do mundo feminina,podemos deixar mais pra frente,deixemos consolidar um pouco mais essa competição;com relação aos cuidados com o futebol de base,sim,essa nossa maior prioridade,pra gerar recursos pros nosso Clubes com negociações rentáveis para estes!.Gramados melhores,idem,precisamos aumentar o nível das competições regionais e para isso os gramados são de fundamental importância nos dias de hoje.No mais,ponderar junto a cbf para que a ROUBALHEIRA com o Clube Do Remo(principalmente)acabe de uma vez por todas,pois é um desrespeito com a MAIOR TORCIDA DO NORTE DO BRASIL!!!
Comments are closed.