Ricardo Catalá orienta os jogadores antes de iniciar o treino – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Ricardo Catalá orienta os jogadores antes de iniciar o treino – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

A previsão era de demissão do técnico Ricardo Catalá depois da vexatória derrota em Porto Velho (RO), pela 1ª fase da Copa do Brasil, mas a diretoria azulina optou por uma decisão “conservadora”.

A permanência foi sacramentada depois de uma reunião entre os dirigentes e o treinador, na tarde desta quarta-feira (21/02), logo após o desembarque da delegação no retorno à Belém.

A cúpula do futebol do Leão decidiu “consensualmente”. Em comunicado oficial, o clube informa que os treinos serão retomados normalmente a partir desta quinta-feira (22/02). A reapresentação do elenco terá um encontro entre a diretoria e os jogadores.

O presidente Antônio Carlos Teixeira e demais diretores ligados ao Departamento de Futebol entenderam que a demissão de Catalá seria inadequada, pois o trabalho tem pouco mais de um mês de duração. Foi determinante também a preocupação com a coerência em relação à filosofia da nova gestão, que assumiu prometendo adotar uma postura mais profissional, centrada na racionalidade. Concluindo-se que Catalá precisaria de mais tempo para desenvolver seu trabalho.

Além disso, o presidente e o executivo de futebol Sérgio Papellin avaliam que o mau desempenho do Remo neste começo de temporada não pode ser atribuído exclusivamente ao técnico. A responsabilidade foi jogada também nas costas de alguns jogadores, o que motivou a reunião com o elenco.

O problema é que o clima é de combustão entre a torcida, o técnico e o time!

Para os torcedores, o Remo faz uma campanha trôpega no Parazão, com atuações pouco convincentes. Para piorar, veio a eliminação precoce da Copa do Brasil, competição estratégica financeiramente para o clube.

Os erros exibidos diante do Porto Velho (RO), na terça-feira (20/02), revoltaram a torcida. Depois de sofrer um gol logo aos 8 minutos do primeiro tempo, em uma falha grave do setor defensivo, o Leão não conseguiu encontrar o caminho da recuperação em campo, protagonizando jogadas pífias.

Um simples empate em Rondônia contra um adversário que estava fazendo seu primeiro jogo oficial na temporada já garantiria a classificação e a premiação de R$ 945 mil.

Ao lado do campo, Catalá parecia desolado e sem reação. As mudanças não alteraram o andamento da partida e o Remo terminou eliminado.

Na capital rondoniense, o técnico completou 6 partidas na atual temporada, com 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas. Um desempenho bem diferente do trabalho que desenvolveu no ano passado, na Série C, quando em 15 jogos conseguiu salvar o Remo do rebaixamento e quase alcançou a classificação.

No total, em 21 partidas entre 2023 e 2024, Catalá acumula 9 vitórias, 8 empates e 4 derrotas, com aproveitamento de 55,55%. Apesar de ostentar números razoáveis, o prestígio que garantiu seu retorno ao clube neste ano vem sendo corroído por más exibições do time.

Com a manutenção do treinador, o Remo vai se dedicar ao Campeonato Paraense, onde ocupa a 3ª posição, com um jogo a menos, além da Copa Verde, quando estreia em março.

O próximo desafio será contra o atual campeão estadual, o Águia de Marabá, domingo (25/02), pela 7ª rodada do Estadual. Pelo nível de insatisfação do torcedor que vaiou Catalá na vitória sobre o Tapajós, na semana passada, o confronto com o time marabaense (4º colocado, 1 ponto atrás do Leão) adquire contornos espinhosos.

Em caso de nova decepção, dificilmente Tonhão e Papellin conseguirão segurar o treinador no cargo por mais tempo.

Blog do Gerson Nogueira, 22/02/2024

5 COMENTÁRIOS

  1. Me admiro do Papelin engolir um treinador fraco desses. Vão esperar o Remo (e nós torcedores) passar outra vergonha para tomar uma atitude.

  2. Desempenho esportivo, análise de desempenho, método de profissionalização É o C4ralho!!!!!!…A verdade é q só não foi mandado embora por causa da grana recisoria q não quer abrir mao: R$ 450 mil.
    A multa não vai mudar…nem a atitude do Catalã.. então só tem 2 opcoes:
    1- A torcida cai pesado nas pressões encima dos jogadores pés de chinelo, sangue sugas e pp sobre o técnico para forçar uma situação de saída ou…
    2- Apoia o trabalho q está sendo feito, exigindo cobranças fortes pels direção do clube a técnico e jogadores, mandando embora os jogadores q não rendem ( isso se não tiver uma multa alta tb )
    Qual dos 2 caminhos a torcida do LEAO vai seguir???

  3. O Remo esse ano está jogando só em Belém no paraense, até a mucura não foi privilegiada. Mas os “caras” sentem a pressão da próprio torcida. Seria até engraçado, se não fosse trágico.
    Que perfil de jogador trazem? O jogador pode até ser razoável, mas o controle emocional zero, vai dar certo? Difícil. O pior, é que é verdade e só tende a piorar.

  4. É só colocar os jogos do Remo p o mangueirão com apenas 5 .000 ingressos fica longe da pressão , onde já se viu um clube de futebol não ter orgulho e um trunfo de jogar no seu próprio estádio, onde representa e muito as conquistas dentro de seu estádio como no passado o Remo já fez e que dá orgulho nos feito do Remo com grande clubes do futebol brasileiro

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