André Cavalcante
André Cavalcante

A luta para que a bola comece a rolar pelo Campeonato Paraense segue fora de campo. O diretor jurídico da Federação Paraense de Futebol, André Cavalcante, afirmou que a Federação vai entrar com um recurso, pedindo a reconsideração da decisão monocromática do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Otávio Noronha, que suspendeu o início do Parazão 2023.

Segundo ele, existe a possibilidade do retorno do Parazão o quanto antes, mas não é uma tarefa fácil. Cavalcante deu alguns cenários que podem ocorrer e afirmou que a cada dia que passa, a situação pode piorar, principalmente para quem está em competições regionais e nacionais.

“Na sexta-feira mesmo (20/01, dia da suspensão do campeonato) fizemos um pedido de reconsideração, mas que foi indeferido. Agora vamos dar entrada em um recurso voluntário, que é um recurso contra as decisões de qualquer dos órgãos da Justiça Desportiva. Só não podemos recorrer se for uma decisão do Pleno do STJD, mas como é uma decisão monocrática do presidente, só ele deu a decisão, podemos fazer um recurso para que todo o Pleno julgue essa decisão do presidente”, disse.

“Vamos dar entrada neste recurso e esperamos que ele reforme essa decisão, seja com a liberação do campeonato de forma integral, seja com a liberação da competição com a proibição de se fazer jogos com Bragantino e Águia, que são os clubes que estão em litígio na questão”, disse.

André Cavalcante utilizou o exemplo do Campeonato Mineiro, que também foi suspenso recentemente pelo STJD, mas que teve início, após recurso da Federação Mineira de Futebol, que deixou sem jogar o Ipatinga (MG), clube que está em litígio.

“É bom que se diga que agora, dia 13/01, ele (presidente do STJD) também suspendeu o Campeonato Mineiro. A Federação Mineira de Futebol também entrou com esse recurso voluntário e conseguiram com que o presidente do STJD liberasse a realização da competição, mantendo apenas suspensos os jogos do Ipatinga (MG), que estão em litígio junto com o Betim (MG). Então, entendemos que, no mínimo, isso deve acontecer (no Parazão)”, falou.

O dirigente reafirmou a busca pela liberação por completa do Campeonato Paraense, mas teme que essa situação prejudique os clubes que estão nas Séries C e D, além da Copa do Brasil e Copa Verde, por conta do calendário apertado do futebol brasileiro.

“Esse é um dos cenários (volta do Parazão neste final de semana), lógico que a ideia é buscar tudo, pois entendemos que caso o Paragominas tenha seu pleito atendido, teremos que repetir os jogos e aí não tem o que fazer”, comentou.

“O que não pode é o calendário, que já é apertado, seja prejudicado mais ainda com essa paralisação, pois vai tumultuar com Copa Verde, Copa do Brasil e o início do Campeonato Brasileiro. Quem será prejudicado serão Remo e Paysandu na Série C e nossos representantes na Série D. Precisamos lutar para que isso seja pelo menos mantido”, finalizou.

O Liberal.com, 24/01/2023

6 COMENTÁRIOS

  1. A Federação Mineira, pesa como aço inoxidável, enquanto que a Federação Paraense é leve como uma palha de açaizeiro. Simples assim…

  2. Essa FPF, também! Porque não julgou logo isso no ano passado? Negligência! É uma federação muito fraca, mesmo. Sempre foi!

  3. Coisa que começa errado, nunca termina bem. Já esqueceram como foi a eleição do atual mandatário, a quantidade de impugnação, e a direção anterior, que era pintada como o sumo do sumo, olha o M que está, e ainda querem voz, é muita pretensão.

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