Avaí-SC 1×0 Remo (Matheus Oliveira)
Avaí-SC 1×0 Remo (Matheus Oliveira)

A Série B tem sido pródiga em ensinamentos para o Remo. Representa uma oportunidade preciosa de aprender a crescer, depois de tantos anos afastado do campeonato que é a “antessala” da elite, por assim dizer. Um torneio difícil e equilibrado. Restando 5 rodadas para a virada de turno, tudo está em aberto e as metas ainda estão ao alcance da mão.

Contra o CSA (AL), neste domingo (01/08), no Baenão, o Remo tem a oportunidade de se reconectar com as vitórias. O recente giro sulista deixou desapontamentos, mas permitiu rever alguns conceitos.

A ideia de um time vitorioso e que pudesse atropelar adversários, esboçada nas 3 vitórias que abriram os trabalhos de Felipe Conceição, talvez não seja tão realista. É possível, sim, fazer uma boa campanha, mas o modelo de jogo baseado na mobilidade ofensiva nem sempre é tão eficaz.

Não por culpa do modelo, mas por deficiência dos executores. O fato é que não há no elenco quantidade tão grande de jogadores capazes de colocar em prática as funções essenciais do sistema. Rapidez na troca de passes, inventividade nos deslocamentos, inversão constante de papéis no ataque.

Funcionou muitíssimo bem contra a Ponte Preta (SP), a contento diante do Cruzeiro (MG), mas afundou completamente frente ao Londrina (PR). Deu sinais de recuperação contra o Avaí (SC), mas precisa se repetir mais vezes para entrar no automático e se consolidar.

O ponto alto do sistema é o atacante Victor Andrade. Sem ele, dificilmente Felipe Conceição teria como adotar essa configuração de jogo. Com ele, é possível descobrir outras funções para Felipe Gedoz e Erick Flores, mas problemas irão surgir sempre que o time como um todo não acompanhar o giro dos homens de frente.

Apesar da defesa, com Romércio e Kevem, ter se estabilizado, os laterais seguem pouco participativos, quase ausentes do esforço coletivo. Para que o time não se perca pela distância entre os setores, é fundamental que Thiago Ennes e Igor Fernandes se entreguem mais ao jogo.

Dentro do aprendizado geral que a Série B impõe, o Remo precisa estar pronto também a entender que a oscilação é parte do processo e que o “perde-ganha” é uma contingência natural do equilíbrio da competição. Isso é fundamental para que não surjam abalos acima da linha de normalidade.

Vencer é a prioridade, mas nem sempre será possível empreender uma sequência sem tropeços. Elencos de nível mediano, como o do Remo, tendem a sofrer mais. O inevitável rodízio de peças põe à prova a qualidade do grupo, principalmente quanto o modelo ainda não está encaixado.

A partida contra os alagoanos poderá dar respostas a Felipe e aumentar o grau de confiança dos jogadores, mas para que isso ocorra, a escolha de titulares e reservas deve ser depurada e até repensada. O meia-atacante Matheus Oliveira terá que se integrar de verdade ao time.

Blog do Gerson Nogueira, 01/08/2021

1 COMENTÁRIO

  1. Vamos pra cima do csa em busca desses 3 pontos,temos que pontuar para subir na tabela de classificacao.

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