A essa altura do primeiro turno, entre a 3ª e a 10ª rodada, o Remo viveu seu inferno astral na Série B, despencando para a lanterna, onde ficou por várias rodadas.
Não era para menos: nos 8 jogos desse período, o time ganhou 3 pontos, de empates com Vitória (BA), Guarani (SP) e Náutico (PE), sofrendo 5 derrotas, para Botafogo (RJ), Avaí (SC), Sampaio Correa (MA), Coritiba (PR) e Vila Nova (GO).
Nenhuma equipe resistiria àquela fase tão desfavorável sem partir para mudanças. A primeira – e óbvia – foi a saída do técnico Paulo Bonamigo, substituído por Felipe Conceição.
A troca no comando se mostrou positiva, pois o Remo reagiu, logo saiu da zona e se posicionou no bloco intermediário. É justamente lá que pretende permanecer até o fim do campeonato, como ficou claro nas declarações de Conceição, logo depois da empolgante vitória sobre o Avaí (SC), quinta-feira (17/09), no Baenão, quando os azulinos obtiveram a 9ª vitória, atingindo 33 pontos e 45,8% de aproveitamento.
Traduzindo o pensamento da diretoria do clube, Felipe avaliou que o resultado foi importante por manter a equipe na 11ª posição, na fronteira para o Top-10, mas não pode estimular pretensões de acesso.
A ideia é manter os pés no chão, de olho no objetivo maior da campanha – permanecer na Série B a fim de se estruturar melhor na próxima temporada.
Para chegar ao número “mágico” dos 45 pontos, são necessários mais 12 pontos, em 14 jogos. A missão parece plenamente possível, ainda mais com a entrada em cena do Fenômeno Azul a partir da 25ª rodada, mas Felipe sabe que o risco de oscilações técnicas dentro da Série B não pode ser subestimado.
O próprio Remo das primeiras rodadas é um exemplo dessa situação. Não seria absurdo pensar em uma sequência que permita ingressar no G4 e na briga pelo acesso, mas projetar isso representa uma fuga da realidade.
O mais sensato é investir na regularidade, avançando passo a passo. A matemática é simples: se mantiver o desempenho atual de 45% dos pontos disputados, o Remo garante sua permanência com relativa facilidade.
Os azulinos terão mais 6 jogos a cumprir em casa, contra Náutico (PE), Coritiba (PR), Ponte Preta (SP), Londrina (PR), Goiás (GO) e Confiança (SE), com 18 pontos em disputa, mais do que suficientes para atingir a meta estabelecida.
A intensidade exibida contra o time catarinense revelou uma evolução, pois o Leão repetiu a performance da partida anterior, contra os baianos, em Salvador (BA).
Taticamente, o Remo está atingindo uma espécie de platô. Pratica um modelo pré-estabelecido, raramente alterando seus planos em função de adversários. Para atingir tal nível de rendimento, passou por desafios severos.
O elenco ficou sem jogadores importantes no final do turno e neste começo de returno. Os titulares Erick Flores, Romércio, Igor Fernandes, Thiago Ennes, Kevem e Anderson Uchôa desfalcaram o Leão nas últimas 6 rodadas.
Contra o Avaí (SC), aconteceu o retorno de Romércio nos minutos finais. O fato é que, se experimentou o lado amargo da perda de peças fundamentais, Felipe Conceição teve a chance de testar opções, como Pingo, Marcos Júnior, Warley, Raimar, Rafinha, Ronald e Jefferson, auferindo bons resultados.
Com os titulares recobrando condições de jogo, o elenco fica mais qualificado, pois os novatos passam a ser alternativas concretas para alterar rotas táticas em campo. Assim é a vida!
Blog do Gerson Nogueira, 19/09/2021
Sim, o principal objetivo nesse ano é permanecer na série B para 2022 e isso será uma grande conquista, com prospecção de um ano de 2022 muito promissor para o querido Clube do Remo é muita alegria para o Fenômeno Azul.
Sí…YO CREO!!!
Muito pertinente os argumentos do comentarista, ainda mais que a maré de contusões não vai durar para sempre e o plantel vem evoluindo jogo a jogo. Pra Cima Leão.
Fazendo uma prospecção considerando as performances dos clubes, até o momento, na tabela de classificação da série B.
G4: O 4o colocado é o CRB com 41 pontos em 24 jogos, significa 1,71 pontos por partida, projetando até o último jogo da série B ficaria com 65 pontos.
Z4: O 17o é o Vitória com 24 pontos em 24 jogos, significando 1 ponto por partida, pranjetando até o último jogo da série B ficaria com 38 pontos.
Remo: é o 11o colocado com 33 pontos em 24 jogos, significando 1,38 pontos por partidas, projetando até o último jogo da série B ficaria com 52 pontos.
É uma projeção matemática, futebol não é ciência exata, mas performances costumam se manter ao longo de campeonatos.
Seus cálculos são válidos, mas leva em consideração as primeiras rodadas, ainda sob o comando do Paulo Bonamigo, em que fomos bater na última colocação. Seria mais interessante calcular a partir da chegada do Felipe Conceição (9ª rodada). Foram 26 pontos em 16 rodadas, média de 1,63 por partida, fazendo a projeção corrigida de 56 pontos ao final. Confere?
Exato mano Remo 100%, eu procurei ser bem conservador nessa projeção, pois se for considerado o desempenho na era Conceição, inclusive a tendência de melhoria da competitividade do time do Remo para os jogos que restam, podem até ser mais que 56 pontos que o Remo alcançará até o final dessa série B.
Confirmando essa tendência em relação aos 4 clubes que estão no G4, significa que o Remo precisaria de 2 a 3 vitórias para se garantir na série B de 2022.
Se cair o desempenho do clube que está no 4o lugar e caso o Remo engate 3 vitórias nas próximas 3 partidas que fará, aí o Remo começa a ter possibilidades firmes de brigar pelo acesso.
Retificando: Confirmando essa tendência em relação aos 4 clubes que estão no Z4….
Temos tudo para ficar entre os 10 colocados;vamos pontuar fora e fazer o dever de casa!!!!
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