Baenão
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Esta terça-feira (01/05), feriado do Dia do Trabalhador, é uma data marcante, porém triste, para o Clube do Remo. Ela marca o início do 4º ano em que o estádio Evandro Almeida está sem realizar partidas oficiais. A última vez que o Baenão abriu seus portões para um jogo profissional oficial foi em 01/05/2014, quando o Remo venceu o Independente de Tucuruí por 4 a 0, jogo de volta da semifinal do Parazão.

Depois daquela partida o estádio foi interditado para a realização de um sonho: a construção a Arena Baenão, um projeto havia sido apresentado pelo então presidente Zeca Pirão em setembro de 2013, na sede social do clube, para torcedores, sócios, beneméritos e grandes beneméritos.

O audacioso projeto, que transformaria o Evandro Almeida na arena privada mais moderna do Norte do Brasil, custaria cerca de R$ 1,5 milhões. Ele incluía reforma nas arquibancadas, construção de uma estrutura nova para 1.872 cadeiras e 30 camarotes, gramado no padrão Fifa, fim dos alambrados metálicos enferrujados e implantação de proteções com vidros temperados ao redor do campo.

Concomitantemente à “perda” do Baenão, instaurou-se um momento de instabilidade política sem precedentes no clube. De 2014 até 2018, foram 5 presidentes diferentes, sendo que desde Zeca Pirão, que assumiu o cargo depois da renúncia de Sérgio Cabeça, nenhum outro presidente conseguiu concluir os 2 anos de mandato que garante o estatuto azulino.

Passaram pela principal cadeira: Zeca Pirão (vice de Sérgio Cabeça), Pedro Minowa (renunciou), Manoel Ribeiro (interino), André Cavalcante (mandato-tampão) e agora Manoel Ribeiro, que assumiu em 2017 e completará o mandato ao final de 2018.

Sem o seu principal palco de jogo, o clube também vem acumulando prejuízos e custos que poderiam ser evitados, com ter que realizar todas as suas partidas oficiais no caro Mangueirão.

De acordo com um levantamento, de maio de 2014 até dezembro de 2017 o Remo gastou cerca de R$ 390 mil só com aluguéis dos estádios Mangueirão e Diogão (Bragança), onde mandou seus jogos na Série D em 2014, por punição do STJD, sem contar os clássicos Re-Pa, que obrigatoriamente têm que acontecer no Mangueirão, além dos gastos com logística e segurança para as partidas, que podem aumentar os custos em até 40%.

Os dados de 2018 são mais expressivos. Somando todos os gastos com aluguel, logística e segurança, o Leão acumula uma despesa superior a R$ 500 mil, que poderia ser amenizada caso o Baenão estivesse disponível para partidas oficiais.

O descaso da diretoria remista com seu estádio fez com que um grupo de torcedores tomassem a frente da reforma do estádio em 2017, projeto denominado “Retorno do Rei ao Baenão”. Este grupo organizou uma reforma básica e estrutural do estádio em 10 etapas, para que a praça esportiva volte a receber jogos oficiais no menor espaço de tempo possível. Todo o dinheiro arrecadado vem de doações dos próprios torcedores azulinos.

“Quando o ‘Retorno do Rei’ teve a proposta de assumir a obra, pautamos 10 etapas. Só que nesse meio-tempo, também vimos a necessidade de trocar o gramado. Hoje, estamos juntos com a Diretoria de Estádio trabalhando a parte do gramado com toda estrutura de drenagem e irrigação. No trabalho do gramado, estamos em fase de conclusão da parte de nivelamento e já foi concluída a drenagem. Acreditamos que até o final do mês de maio ele estará todo restabelecido e pelo menos os treinamentos poderão acontecer”, explicou Luiz Fernando Resende, diretor de marketing do projeto.

“Além disso, o restante da obra está avançando. Já está concluída a arquibancada da 25 e estamos trabalhando a área das Mercês e da arquibancada da Almirante Barroso. Também está sendo feito um trabalho nos vestiários”, completou.

De acordo com o atual presidente remista, Manoel Ribeiro, a expectativa é que ainda no mês de maio o Baenão esteja liberado para jogos.

“Agora estamos fazendo um trabalho muito bom com a equipe no Baenão. Estamos trocando o gramado e a expectativa é entregar a obra de todo o estádio no próximo dia 28/05, já com condições para a realização de jogos”, afirmou o mandatário.

Globo Esporte.com, 01/05/2018

5 COMENTÁRIOS

    • Final de maio deve ser entregue o estádio em condições de receber os treinos, mas pra jogos ainda falta muito a fazer. Difícil ter jogo ainda em maio. Presidente deve ter confundido.

  1. Pois é! São mágoas e ressentimentos q ficarão p sempre, mas uma coisa é certa, se algum dia esse covarde d Zé mané pirão, se ele tiver hombridade e vergonha n cara nunca mais deveria pisar, adentrar em nosso estádio, ele foi, é e sempre será o mentor deste crime.

  2. Eu não tinha conhecimento de como estava avançando o Projeto ¨Retorno do Rei ao Baenão”, agora sei que são 10 Etapas, neste caso cabe a nós que somos mais de 30000 azulinos apoiar da melhor maneira possível o Retorno do Rei a sua casa, uma das maneiras é sendo sócio torcedor, outra maneira é ir nós jogos do Leão, independente se vai jogar com time fraco ou forte, outra maneira é doar algum material,muitos torcedores tem medo de ir ao Mangueirão pensando que está difícil para o Leão ser campeão da série C 2018, eu sempre tive pensamento positivo agora mais ainda porque sei que o Leão voltará para sua casa, e ainda acredito que o Leão tem condições de ser o campeão da C, minha preocupação é com o Náutico e o Salgueiro que estão na zona de rebaixamento, eles podem subir na tabela e disputar um vaga no G4 junto com o nosso querido Leão, e tirar o título da C do Rei da Amazônia.

  3. O Felipe falou que a melhor maneira de ajudar o Remo é indo aos jogos, mesmo sendo o Remo um time fraco, isso é utopia!
    Como é uma iniciativa de um grupo que não pertence a Dretoria, seria mais prático que TODOS os torcedores fizessem uma doação de material.
    Se pelo menos uns 30.000 torcedores comprarem cerca de R$ 20,00 (3 cervejas) em materiais, seriam comprados um total de R$ 600.000,00.
    Convenhamos: É uma boa quantia!

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