Clube do Remo
Clube do Remo

O Departamento Autônomo de Futebol do Remo é uma solução informal e circunstancial. Significa que os dirigentes do futebol terão autonomia plena para as decisões sobre receitas e despesas, inclusive comandando o Marketing, o Comercial e o Financeiro.

Se funcionar com sucesso, pode virar embrião de uma empresa de futebol, como foi pensado em 1995, quando foi colocado no papel o projeto da “Remo Futebol S/A”, por uma equipe coordenada por Clóvis Malcher Filho. Porém, o projeto foi engavetado, em nome da mesmice triunfante.

A dedução de que pode estar surgindo o embrião de uma empresa constituída no Remo, com CNPJ próprio, vem de uma tendência cada dia mais evidente.

O Figueirense (SC), por exemplo, lançou a sua empresa de futebol, já em parceria com um grupo de investidores e aporte financeiro para o projeto. Com contrato de 20 anos, prorrogável por mais 15 anos. O clube catarinense buscou essa saída ao se ver com uma dívida de R$ 70 milhões. Houve toda uma adaptação estatutária e convencimento dos conselheiros, para uma decisão por maioria. Algo que o Leão precisa conhecer e avaliar. O futebol está caminhando nesse rumo, como forma de atrair investidores.

O Remo está se valendo do Esporte Interativo para abrir possibilidades comerciais. É o caso da tal parceria com uma empresa de marketing, parceira do canal de TV, que injetaria dinheiro no clube e assumiria a gestão do programa sócio-torcedor Nação Azul. Essa negociação foi suspensa e deve recomeçar até a próxima quarta-feira (08/12), com representantes da empresa vindo a Belém.

Se a parceria vai vingar ou não, só o tempo dirá, mas a abertura de negociações já mostra que o apoio moral do Esporte Interativo permite ao Remo fazer sondagens e medir a viabilidade da “Remo Futebol S/A”. Ao mesmo tempo, precisa organizar a casa para abrir as portas a investidores.

A grande vantagem da empresa sobre o clube, na visão dos investidores, está na quebra de burocracia. O clube tem grandes amarras estatutárias e muita gente para decidir. A empresa é dinâmica e mais racional. A relação tende a ser profissional, voltada para o lucro, como interessa a qualquer empresário que se preze.

[colored_box color=”yellow”]A ideia de criar a “Remo Futebol S/A”, em 1995, nasceu de um fórum de debates denominado de “Reengenharia da Gestão”, com lideranças remistas e convidados. Um dos palestrantes foi o técnico Hélio dos Anjos, que na época comandava o time azulino. Ao final, falava-se mais em reprovações ao fato de o técnico ter sido palestrante do que na mensagem que ele transmitiu.[/colored_box]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 05/11/2017

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