Atlético-AC 1x1 Remo (Léo Rosa e Gabriel Lima)
Atlético-AC 1x1 Remo (Léo Rosa e Gabriel Lima)

O empate em 1 a 1 com o Atlético (AC), na estreia da Copa Verde, não era o esperado por Josué Teixeira. O técnico do Remo gostaria de deixar o Acre com uma vitória na bagagem, mas argumentou que novamente foi prejudicado pelo número elevado de desfalques para o duelo. Segundo ele, há bons jogadores esperando oportunidades no elenco mas, a curto prazo, as mudanças forçadas acabaram fazendo a equipe perder entrosamento.

“Perdemos algumas chances de gol e quando você perde muitas chances, acaba sendo punido com a não vitória. Não gostei do rendimento. A gente veio de novo com muitos desfalques e utilizando outros jogadores, então a gente sabe que isso vai acontecer, não tem como fugir”, lamentou Josué.

“Começamos a observar, dar ritmo para jogadores da base, Gabriel entrou bem de novo, Jayme entrou em uma posição diferente e já tínhamos começado com o Max, então essa competição também serve para você dar cancha para esses jogadores da casa que estamos formando”, comentou.

“Vamos tentar a classificar em casa, que o objetivo do clube é chegar na final. Um gol fora de casa nos dá a possibilidade de jogar por um 0 a 0. Competição de mata-mata é bom fazer jogos fora de casa e não perder”, ponderou.

Para a partida, o Remo não contou com o goleiro André Luís (virose), o lateral-esquerdo Jaquinha (suspens), o zagueiro Henrique e o volante Renan Silva (lesionados). No gol, o reserva imediato Vinícius conseguiu importantes defesas e fez a ausência do titular não ser percebida, mas a principal novidade foi o meia Max, da base, iniciar a partida. Ambos foram elogiados pelo treinador do Leão.

“Vinícius é um goleiro que conheço de bom tempo e não tinha dúvida de que ele teria esse rendimento. Confirmou toda a expectativa que tínhamos. Todo mundo queria vê-lo jogar. Felizmente, a coisa foi boa para o Vinícius. Max é um jogador que foi formado no clube, esteve 1 ano no América (MG) e retornou agora. É um jogador de meio-campo de qualidade, mais uma opção para nós. A gente sabia que ele ia sentir um pouco no início do jogo, pois está há muito tempo sem jogar, mas deu uma resposta positiva e a gente fica feliz”, elogiou Josué.

No intervalo, quando o jogo ainda estava 0 a 0, o treinador azulino fez duas mexidas: tirou Max e Elizeu para as entradas de Jayme e Gabriel Lima, deixando o Leão, teoricamente, com 4 atacantes em campo – somados a Nano Krieger e Edgar, que foram titulares. Ao término da partida, ele explicou as alterações.

“Primeiro teve a questão do cartão, os dois jogadores do meio de campo (Elizeu e Max) estavam amarelados. A gente sabia que poderia acontecer um contato maior no meio, então achei que tinha que trocar. A outra questão foi colocar o Jayme mais recuado, fazendo a ligação, porque achava que o encaixe ali deu certo, com ele fazendo o lado esquerdo do campo, para jogar junto com o Edgar, e o Gabriel do outro lado, com o Léo Rosa”, disse.

“Conseguimos ter esse encaixe, apesar de termos levado um gol em um descuido nosso. Tsunami estava marcando muito por dentro, tinha que marcar um pouco mais por fora, para cortar esse jogador do passe, mas eles conseguiram um gol”, lamentou Josué Teixeira.

Ao final do jogo, antes da descida aos vestiários, um bate-boca entre jogadores e comissões técnicas de Remo e Atlético (AC) quase manchou o espetáculo. O policiamento teve que intervir para evitar que a briga saísse do âmbito verbal para o físico. O técnico do Leão deu sua versão do ocorrido.

“Na verdade, a briga começou porque quando o Flamel fez uma bela jogada o treinador deles falou que ‘não podiam deixar um gordo com a camisa 10 fazer o que estava fazendo’. Ele falou isso na beira do campo e o nosso banco ouviu, criou um mal-estar. Quando o Flamel fez o gol, o banco reagiu mostrando para ele que o ‘gordo’ fez o gol. Coisas do futebol”, contou.

“No final, tudo estava resolvido, tanto que falei com o Álvaro (Miguéis, técnico do Atlético-AC), dei parabéns pelo time dele, só que um repórter queria me entrevistar logo após o jogo e o Raphael (Graim, assessor de imprensa do Remo) avisou que eu só falaria na coletiva e que ele deveria esperar, mas ele insistiu nas perguntas. Raphael então tirou o microfone de perto e ele (repórter) está falando que eu o agredi. Acho que ele está querendo aparecer em cima de uma situação que não existiu. Fica feio, acaba criando um clima hostil para o jogo em Belém”, comentou Josué.

Antes da entrevista coletiva com Josué Teixeira, o diretor de futebol do Remo, Marco Antônio Pina, adiantou que o clube está interessado na contratação do meia-atacante Polaco, de 23 anos, que pertence ao Atlético (AC). O técnico do Remo, no entanto, afirmou que não aprova a vinda do jogador no momento, alegando que o elenco possui outras posições mais carentes.

“Da minha parte, não tem (interesse) nenhum. Não é um jogador que está me chamando a atenção. Acho que ele está no nível do Edicleber, que estamos emprestando para o Penarol (AM). Polaco é um bom jogador, mas não é prioridade para a gente. Temos outras prioridades e vamos buscar essas prioridades”, alegou o treinador azulino.

Remo e Atlético (AC) voltam a se enfrentar no próximo dia 16/03, no Mangueirão, em Belém. Antes, o Leão encara o Pinheirense, pela 7ª rodada do Campeonato Paraense, no sábado (11/03), às 16h, também no Mangueirão.

Globo Esporte.com, 05/03/2017