Jogadores remistas realizam atividade física
Jogadores remistas realizam atividade física

O excesso de importações já descredencia o Remo no mercado como formadores. O reflexo aparece na cotação das poucas revelações. O Leão tem que avançar muito para ter lucro como vitrine. Poderia seguir o ótimo exemplo do Criciúma (SC), que focou na estruturação e qualificação das categorias de base e tem feito ótimos negócios com seus frutos. Apesar do baixo nível da base no futebol local, ainda é expressiva a presença de paraenses pelo mundo afora.

Uma fonte de talentos muito mal explorada é o futsal do Remo, cujas categorias de base têm fornecido muitos jogadores para outros clubes. Por último, saíram Lucas Bessa (volante, filho de Bebeto), que já é profissional do Criciúma (SC), João Diogo, Airton, Alysson e Douglas. O meia Giovanni, ídolo no Santos (SP) e que chegou à Seleção Brasileira, também foi fruto do futsal azulino.

Só agora o Leão Azul está enxergando essa fonte. Tanto que criou um serviço de transição da quadra para o gramado, com o técnico João Neto.

Com a leitura correta de falta de condições ideais para o desenvolvimento e de perspectivas para jovens atletas no Remo, Josué Teixeira convenceu o clube a colocar talentos promissores no Fluminense (RJ), para onde vão o lateral Roni e o meia David Lima, ambos com 16 anos. Se emplacarem no clube carioca, terão a possibilidade de venda para o exterior. Caso contrário, voltam mais preparados.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 05/03/2017