Hériclis, Edno e João Victor
Hériclis, Edno e João Victor

O treinador Waldemar Lemos deve contar com todos os jogadores para a partida deste domingo (10/07), em Belém. Com salários atrasados, fora do G4 e sem conseguir vencer em casa, o Leão deve ter dias de pressão. Por isso, o primeiro entrevistado da semana foi o atacante Edno, que falou abertamente sobre a situação do elenco, a pressão por parte da imprensa e torcida, o trabalho com Waldemar Lemos e o jogo contra o líder do Grupo A, o Fortaleza (CE).

Situação na tabela (6º colocado, com 9 pontos)

Está prestes a acabar o primeiro turno, faltam 2 rodadas. O elenco está chateado pela derrota fora de casa, a gente tem que melhorar nosso rendimento dentro de casa e esperamos acabar esse turno dentro do G4. O campeonato ainda não acabou e temos condição de classificar para o mata-mata, que é o que interessa.

Pressão da imprensa e torcida

A cobrança é aqui fora do normal. Fernando Henrique falou há um tempo atrás que o Remo ficou 7 anos sem Série, então está voltando agora. O Remo é grande, mas não está grande. Quem vai voltar a fazer ser grande é a gente, diretoria e jogadores. Pelo pouco tempo que estou aqui no Remo, a pressão é absurda. Perdendo, empatando ou ganhando, sempre tem pressão. Isso não me incomoda, pelo contrário, me motiva mais, até porque na minha vida tudo foi difícil. Hoje todo mundo é criticado, ninguém presta, mas futebol é assim. Daqui a pouco vencemos 2 jogos seguidos e tudo volta ao normal, você vira craque. Tem que ter cobrança, mas com cautela.

Clima nos vestiários

O clima nos bastidores é o melhor, elenco unido, grupo está fechado. Não tem vaidade, até porque, se tiver, a gente corta no vestiário mesmo. Aqui tem profissionais, homens que querem honrar a camisa e fazer um bom campeonato.

Desempenho individual

Nesse último jogo não estive bem, mas sei que nem todo jogo vou atuar da forma que gostaria. Tenho qualidade e potencial, sou um jogador muito importante dentro elenco, até pela minha experiência e qualidade. Dias ruins acontecem, mas tenho que ter inteligência para dar a volta por cima.

Assimilação do trabalho de Waldemar Lemos

A gente tem que atropelar etapas e assimilar o que treinador quer o mais rápido possível, o que menos temos é tempo. Temos que passar por cima de muita coisa. Precisamos melhorar, principalmente o rendimento dentro de casa. Cada um sabe o que precisa melhorar individualmente e no coletivo também.

Jogo contra o líder Fortaleza (CE)

É o líder, eles são favoritos, mas a gente está em casa, diante da torcida. É a hora de dar a volta por cima. Sabemos que é difícil, teremos que ter inteligência, toque de bola, movimentação, até porque vamos pegar uma equipe de qualidade. Que seja de um 1 a 0, mas que a gente vença no Mangueirão, para acabar essa “zica” e dar alegria ao torcedor.

Globo Esporte.com, 06/07/2016