Branco
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Há quem diga que o técnico Flávio Araújo é retranqueiro, assim, como há quem afirme que ele é o “abençoado”. Se os apelidos cabem bem, é melhor deixar o torcedor falar. Uma coisa não se pode negar: Flávio Araújo gosta de pregar a dúvida na imprensa e na cabeça do treinador adversário. Para o jogo que definirá o rumo do Clube do Remo profissional, claro, não podia ser diferente. Nenhum treinamento com formação tática foi feito no gramado do Baenão até a última sexta-feira, véspera da viagem para Paragominas.

Sem poder contar com os volantes Nata e Gerônimo, que levaram o terceiro cartão amarelo no primeiro jogo contra o PFC em Belém, Flávio fica com o seu setor de marcação de meio de campo bastante comprometido. Afinal, Nata e Gerônimo, são considerados os “cães de guarda” do Leão. Com os dois desfalques, o treinador azulino que, naturalmente, gosta de jogar mais fechado, não deve expôr seu time trocando volantes por meias, como fez na primeira partida que atuava em casa.

Na base da dedução, acredita-se que o mais certo seja que Araújo adote um esquema, teoricamente, mais fechado – 4-5-1 ou 3-6-1, mais para o segundo – e improvisar um dos dois volantes suspensos por outro zagueiro. Afinal, por mais que a vantagem do empate seja pequena, o comandante sabe que o time verde vai para cima e jogar nos contra-ataques pode ser uma boa opção, como fez grande parte do jogo o contra o Paysandu, nas semifinais, quando usou os esquemas pela primeira vez.

À disposição, o comandante azulino tem Tony, que certamente entra no time, da mesma forma que Jhonnatan. Mesmo assim, ainda sobra uma vaga, que pode ser ocupada pelo volante Biro ou o zagueiro Yan. O meia Ramon corre por fora. No ataque, a dúvida fica por conta de Leandro Cearense e Val Barreto. Dependendo do estado do gramado, Flávio irá escolher um ou outro para iniciar a partida.

Diário do Pará, 05/05/2013