Em novembro de 2015, quando o Remo fez o atual acordo trabalhista, o débito ajuizado era de R$ 13 milhões. No acordo, que envolveu mais de 30 processos, somando mais R$ 7 milhões, o clube conseguiu uma redução em torno de R$ 1,3 milhão e, desde então, já pagou mais de R$ 3,5 milhões.
Ainda em 2016, a comissão azulina no TRT se desfez, por desentendimento com o então presidente André Cavalcante, mas se recompôs este ano. Ângelo Carrascosa, Domingos Sávio e Milton Campos ganharam a companhia de Miléo Júnior e do novo diretor jurídico do clube, Gilmar Nascimento, além dos advogados contratados Ricardo Sefer e André Serrão.
O Remo vai seguir repassando 30% das bilheterias e 100% dos patrocínios da Funtelpa (R$ 758 mil/ano) e do Banpará (R$ 65,5 mil/mês). Metade dos processos está negociada. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo, Ângelo Carrascosa, membro da comissão no TRT, o clube pretende fechar 2018 com 80% das dívidas trabalhistas negociadas.
Agora o esforço está concentrado emuma atualização de todos os dados da dívida, visando a próxima rodada de negociações, a ocorrer brevemente. Esse plano estaria caminhando muito bem se novos débitos trabalhistas não estivessem pipocando. Somente nos últimos 3 anos foram mais de R$ 3 milhões nas ações de Athos, Zé Soares, Rogélio, Charles Guerreiro, Jayme, Jhonnatan, Dadá, Leandrão, Emerson Dias, Wellington Saci, Michel Schmöller e Max. Outras ações estão por vir.
[colored_box color=”yellow”][two_third last=”no”]Josué Teixeira lança discurso projetando para o segundo semestre o real compromisso do elenco azulino na temporada: acesso à Série B. Diz que é uma forma de amenizar as pressões por resultado imediato. Percebe-se que o técnico remista ainda não fez a leitura correta do que o espera. Nada vai amenizar cobrança por título no Leão Azul, embora o acesso à Série B seja mesmo o principal compromisso. Por enquanto, o fundamental é que esse time convença a torcida de que pode ser a base para a Série C. Por isso, onde e quando faltar talento, terá que haver compensação no suor.[/two_third][one_third last=”yes”]Está planejada no Remo a destinação de novos espaços publicitários, inclusive no uniforme e mídias sociais, para a geração de receita a ser aplicada na estrutura organizacional da gestão, a começar pelo Departamento Jurídico. É que o clube precisa de investimentos urgentes em pessoal e tecnologia para ajustar a máquina administrativa. Ideal seria que vaidades pessoais e deslealdades não comprometessem tanto o combustível dessa máquina. Falta um filtro![/one_third][/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 20/01/2017