O presidente Sérgio Cabeça oficializaria nesta terça-feira a sua licença de 90 dias do cargo no Clube do Remo. O pedido formal seria entregue na reunião do Conselho Deliberativo, como prevê o estatuto azulino. Nesse caso, Zeca Pirão, vice-presidente e diretor de futebol, assumiria a função. Entretanto, Pirão revelou ainda não ter tido uma conversa com Cabeça e que só aceitaria ser o mandatário máximo do Leão se contasse com a união do que definiu de “grandes remistas”.
“Ontem saí um pouco mais cedo da reunião e nem tive tempo de conversar com o Cabeça. Ele disse durante as conversas que estava com a saúde em uma situação complicada. Achei esquisito, ainda nem raciocinei direito sobre isso. Ele não me passou nada sobre se licenciar. Caso isso realmente aconteça, eu teria que refletir muito. Não iria assumir esse barco sozinho. O Remo não pode ficar na mão, mas sozinho não posso fazer nada. Todo mundo tem que se unir, ajudar, caso contrário, a coisa fica mais complicada ainda. É preciso o apoio dos grandes remistas”, disse.
Zeca Pirão disse, ainda, que o Remo sofre com a má fase financeira, complicada após a Justiça do Trabalho bloquear, através da conta no Banpará, o patrocínio do Leão com o governo do Estado. O dirigente enfatizou que poucas pessoas ajudam o clube, citando exemplo do maior rival, Paysandu.
“Agora aparece essa dívida de R$ 10 milhões do Remo. Sem receita é complicado demais de se trabalhar. No Remo não é igual o Paysandu, que seis, sete pessoas se unem e juntam R$ 600 mil de forma rápida, urgente. Aqui no Remo as pessoas só querem falar, mas na hora de ajudar não aparece ninguém. Todo mundo está convidado para viver a administração do clube, participar, opinar. Precisamos de ajuda!”, desabafou.
Globo Esporte.com, 25/06/2013