Com elenco farto, incluindo 7 jogadores que ainda não estrearam e quase todos os titulares à disposição, o técnico António Oliveira viajou para Manaus (AM) à frente da delegação azulina com a consciência de que depende de uma vitória para seguir no emprego.
Foi mantido porque a diretoria acatou os argumentos de que ele tem se saído bem em jogos fora de Belém. Terá que mostrar isso nesta sexta-feira (05/09), diante do desesperado Amazonas (AM), que corre sérios riscos de rebaixamento.
O Remo é favorito pela campanha que faz, mas não passa confiança ao torcedor após as pífias apresentações como mandante em Belém.
Além dos erros e manias de Oliveira, que continua firme no propósito de fazer a infrutífera dobra de laterais pela direita, há o problema do fraco rendimento individual dos principais jogadores da equipe.
Pedro Rocha, artilheiro do time e do campeonato, com 10 gols, está sem marcar há 5 rodadas. Tem empilhado chances perdidas, errando o alvo até em jogadas relativamente fáceis.
Ao seu lado no ataque, Marrony também se mostra vacilante. Sua melhor performance foi no primeiro tempo diante do América (MG), em Belo Horizonte (MG). De lá para cá, teve atuações apagadas.
Os uruguaios Diego Hernandez e Nico Ferreira ainda não mostraram qualidades que justifiquem a titularidade. O primeiro, aliás, pode ser escalado de novo como meia-armador, em mais uma fuga de ideia do treinador, pois o atacante jamais atuou por ali em toda sua carreira.
As carências do meio-campo azulino poderiam ser parcialmente sanadas com uma escalação mais simples – Caio Vinícius, Victor Cantillo e Jaderson. Ocorre que, muitas vezes, O simples parece causar urticária em técnicos excessivamente confiantes.
Oliveira tem uma gama de opções no banco. Desde Eduardo Melo e João Pedro para o ataque, passando por Luan Martins, Régis e Giovanni Pavani para o meio, até opção para a defesa, como Tassano.
Blog do Gerson Nogueira, 04/09/2025