O Departamento Jurídico do Remo, comandado pelo advogado Pablo Coimbra, e o presidente do clube, Zeca Pirão, agiram rápido e conseguiram evitar o leilão da área anexa ao Baenão, conhecida popularmente como Carrossel, marcado para o próximo dia 25/10 pelo juiz Jorge Antônio Ramos Vieira, titular da 13ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Belém.
Ontem à tarde, o advogado e o mandatário azulino estiveram reunidos com o corregedor do TRT, Marcos Augusto Lousada Maia, que aceitou uma nova proposta de parcelamento da dívida do Remo, que se comprometeu a pagar uma parcela mensal de R$ 80 mil sempre no dia 25 de cada mês, sendo que a primeira terá que ser depositada já em outubro. Para tanto, a diretoria remista pretende tirar este valor da arrecadação do jogo desta noite, contra o Flamengo (RJ), pela Copa do Brasil Sub-20.
Com esse novo acordo, o corregedor se comprometeu a suspender a praça pública que envolveria o Carrossel e os bloqueios de renda e cotas de patrocínio do clube.
Lousada já vinha intermediando uma negociação entre o Remo e seus credores, na tentativa de buscar uma solução para as várias ações trabalhistas que já estão em fase de execução. Uma saída que poderia estar na venda do Carrossel, que possui valor de mercado de aproximadamente R$ 12 milhões, segundo avaliação realizada em 2010. O problema é que até o momento a direção azulina não conseguiu apresentar um comprador interessado em pagar algo próximo deste valor.
Já no caso de ir a leilão, o lance mínimo estabelecido pela Justiça do Trabalho é de R$ 6,1 milhões, praticamente a metade do valor de mercado do terreno. Uma quantia que, aliás, não seria suficiente para quitar todo o passivo trabalhista do clube, que já passa de R$ 9 milhões.
Foi por esse motivo que o jurídico remista precisou agir imediatamente para tentar evitar o leilão, explicou Pablo Coimbra. “Estávamos negociando uma saída para o problema com a ajuda do corregedor Marcos Lousada e, de repente, somos informados desse leilão e todo mundo fica sem entender o que está acontecendo. Isso inviabiliza toda a situação, pois uma empresa vai preferir esperar o leilão e dar um lance do que antecipar o pagamento de um valor”, ressaltou.
Amazônia, 02/10/2013