A estupenda vitória sobre o Cuiabá (MT), na sexta-feira (24/10), na Arena Pantanal, deixou o acesso à Série A mais perto dos azulinos. Com 57 pontos, o Remo pulou para a vice-liderança da Série B, encostado no líder Coritiba (PR).
Foi a 6ª vitória consecutiva do time dirigido por Guto Ferreira, a 2ª melhor sequência do campeonato, perdendo apenas para o recorde de 7 vitórias do Athletico (PR).
São resultados que impressionam os adversários e encantam a torcida, que está em estado de graça e organizou uma festiva recepção ao time no aeroporto de Val-de-Cans, no sábado (25/10) pela manhã.
A empolgação é plenamente justificada, embora nada tenha sido ganho ainda. A reta final será árdua e disputada ponto a ponto, cheia de riscos e surpresas. A questão é que o torcedor tem total direito de extravasar seu contentamento diante da excepcional campanha que o Remo faz.
O apoio incondicional sempre houve, mas desta vez há o diferencial de que está sendo correspondido à altura. Por isso mesmo, os jogos têm sido um show de público nas arquibancadas o 2º maior da Série B.
Diante do atual cenário, o Remo precisa de 6 pontos para ficar no limite da classificação, embora o bom senso indique a necessidade de conquistar mais.
Nos jogos em casa, contra adversários diretos, Chapecoense (SC) e Goiás (GO), a conquista de 2 vitórias torna-se imperiosa. Fora de casa, contra Novorizontino (SP) e Avaí (SC), conquistar vitórias e empates podem até levar ao título.
A fase é tão auspiciosa que faz o torcedor acreditar ainda mais nas possibilidades do time, cuja arrancada passa a impressão de que, finalmente, a caminhada azulina pode ser exitosa.
De aspirante pouco considerado ao acesso, a série de triunfos fez o Remo pular para o 2º lugar nos cálculos da UFMG, agora com 74,6% de probabilidades, logo abaixo do líder Coritiba (PR).
O condicionamento físico nunca se mostrou tão decisivo quanto nesta fase final da Série B. O Remo é a prova viva do papel que um elenco bem preparado pode fazer. A sequência de 6 vitórias, atropelando os adversários, está diretamente associada à melhoria da preparação do elenco a partir da contratação de Guto Ferreira e sua comissão técnica.
O fato é que, no início do returno, Remo “morria” a partir dos 15 minutos do segundo tempo, tornando qualquer jogo uma verdadeira loteria, principalmente nas partidas em Belém, onde precisava propor o jogo e envolver o adversário.
Diego Hernandez, Nico Ferreira, Marcelinho, Kayky e Janderson são exemplos da preparação imposta ao elenco que explica a arrancada vertiginosa no chamado momento certo da competição, superando adversários naturalmente combalidos no aspecto físico.
Blog do Gerson Nogueira, 27/10/2025


