Rafael Paty
Rafael Paty

Quando o companheiro de time sofreu falta dentro da grande área, aos 37′ do segundo tempo, no clássico contra o Paysandu, o atacante Rafael Paty correu para pegar a bola e pediu preferência na cobrança do tiro.

O interesse dele em ter a oportunidade era claro: ajudar o time e também marcar o seu terceiro gol no Parazão, tornando ele mesmo, ao lado de Eduardo Ramos, artilheiro da equipe na competição.

Por outro lado, o desejo de ir para a linha de frente faltou em vários dos seus companheiros. Como o próprio atacante admitiu na tarde de ontem, se o Remo estivesse verdadeiramente focado em campo, talvez, o resultado fosse diferente.

“Lógico que faltou o comprometimento de algumas pessoas. Não vamos ser hipócritas em esconder isso. Faltou”, disse. “Se todos estivessem na mesma sintonia, as coisas teriam fluído bem”, avalia Paty.

Um dos possíveis motivos para o desinteresse de jogadores seria o acordo salarial feito no final da semana passada. A direção se comprometeu em pagar nesta data o restante do salário mas, na verdade, foram emitidos cheques pré-datados, que seriam compensados somente no início desta semana, ou seja, o pagamento foi efetuado na teoria, porém na prática, a grana só cairia na conta a partir desta segunda-feira, 30/03.

Para o atacante, o argumento pode até servir de motivo para a insatisfação de alguns, mas em momento algum pode influenciar no desempenho dentro das quatro linhas.

“Já estou ‘calejado’ no mundo do futebol. Isso realmente aconteceu, mas temos que ser profissionais nessa hora. Se tem algum jogador aqui, dessa forma, lamento muito”, critica Rafael Paty.

Diário do Pará, 31/03/2015