Remo 2x1 PSC (Eduardo Ramos e Ciro Sena)
Remo 2x1 PSC (Eduardo Ramos e Ciro Sena)

A vitória sobre o Paysandu ainda não garante aos remistas o maior dos objetivos, que é a vaga na Série D, mas o nível de satisfação na comemoração da conquista do segundo turno soou válida e tirou da garganta um grito que já muito tempo estava entalado.

Crises, ameaças de greve e muita desconfiança. Tudo isso caiu por terra quando os atletas mostraram que futebol se faz em campo. Para isso, é preciso ter grupo.

“O futebol não vive só de 11 (titulares). Saí do time por uma lesão, não por deficiência. O Alex (Ruan) entrou bem e o Cacaio quis permanecer com ele. Não adianta ficar triste, pelo contrário. Dei a maior força. Ele é um menino que tem um futuro muito grande pela frente e é assim que ganhamos as coisas”, ressalta o lateral-esquerdo Jadílson, com a hombridade de poucos, unicamente em nome do grupo.

Dos 30 atletas que compõem o plantel azulino, a ampla maioria ganhou espaço com Cacaio e cada um deu sua contribuição. É um fato inegável que os jogadores carregaram com orgulho para justificar tamanha euforia.

Talvez um dos principais exemplos dessa linha adotada pelo treinador seja a escalação do jovem Sílvio, que já poucos dias sequer entrava nos acréscimos e hoje virou peça fundamental na conquista do título.

“Passamos por vários momentos e vivi muitos deles apenas do banco de reservas. Fui escalado, relacionado, para vários jogos, mas nunca entrava, sempre achando que um dia teria a minha vez. Graças ao técnico Cacaio, pude entrar e dei o meu melhor por esse time. O resultado está aí e todos nós estamos de parabéns”, ponderou o jovem atacante.

Diário do Pará, 27/04/2015