Léo Paraíba
Léo Paraíba

O resultado foi excelente, a vitória por 3 a 0 consolidou a liderança no grupo, mas é preciso dizer também que o Remo levou 66 penosos minutos para fazer um gol na fraca defesa do desorganizado Náutico (RR). Quem vê o placar final imagina um jogo fácil – não foi. Quando Léo Paraíba balançou as redes, aproveitando cruzamento de Alex Ruan, o desespero já começava a dominar os arraiais azulinos, temendo um tropeço diante do pior time da chave.

Depois do gol, o time parece ter tirado um peso gigantesco dos ombros e passou a acertar passes e até a arriscar chutes, coisa rara ao longo da partida. Neste momento, pontificou o melhor jogador da equipe.

O time roraimense se entregou e Eduardo Ramos se encarregou de fechar o caixão em lances que atestaram a incrível fragilidade do adversário. Mais avançado, ele aproveitou bem as incríveis falhas da defesa do Náutico (RR) e ampliou a vitória para 3 a 0 com 2 gols, aos 31′ e 41′.

Estranho foi o comportamento do Remo no primeiro tempo, aceitando passivamente o bloqueio defensivo imposto pelo visitante, exatamente como ocorreu no primeiro jogo na Arena Verde, contra o Rio Branco (AC).

Com até 9 jogadores posicionados atrás da linha da bola, o Náutico (RR) raramente saía de seu campo. Cuidava apenas de bloquear, mas deixava o Remo com a posse de bola. Só que os azulinos não sabiam o que fazer para chegar ao gol. Perdiam-se em chutões, toques laterais e passes errados – situação agravada pelo estado do gramado, muito seco e irregular.

Rafael Paty e Welthon nada produziam, mas é preciso entender que não havia qualquer jogada para explorar os dois homens de frente. Ramos era o mais lúcido, mas o time não engrenava.

Na etapa final, quando a situação tendia a se complicar, até mesmo por alguns ataques perigosos do Náutico (RR), Cacaio resolveu finalmente lançar Léo Paraíba e Leandro Santos, respectivamente nas vagas de Gabriel e Welthon.

Acertou em cheio. Com Paraíba em campo, o time pela primeira vez passou a ter jogadas individuais e não se limitava a dois jogadores fixos no ataque. Sem um esquema bem azeitado, a única saída teria que vir através de iniciativas isoladas e Paraíba não teve medo de arriscar.

Depois do primeiro gol, a presença ofensiva do Remo cresceu bastante, facilitada também pelo cansaço do time de Roraima. Ficou claro que, para os próximos desafios, dentro e fora de casa, Paraíba passa a ser opção natural, pois não fica preso a uma função na área. Busca o jogo, é rápido e arrisca chutes.

Blog do Gerson Nogueira, 03/08/2015

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