Contratado para apagar um incêndio, o técnico Cacaio já superou todas as expectativas. Diante de atrasos salariais e com atletas que vinham em má fase, ele conseguiu, com poucas alterações, fazer do Remo uma equipe competitiva. Mais do que mexidas ou alterações táticas, o que ele conseguiu foi convencer aos atletas de que eles precisavam contar apenas com eles mesmos para saírem dessa situação.
Pode ser que o Remo não chegue ao seu principal objetivo, já que em um clássico não há favoritismo e, em seus melhores momentos, o rival bicolor foi superior ao Leão Azul, mas o trabalho do treinador já foi superavitário. No entanto, ele sabe que isso nada adiantará se com essa melhoria vier a Série D e a busca pelo acesso para a Série C.
“Temos que enaltecer a postura desses jogadores, que estão jogando partidas decisivas seguidamente”, comentou Cacaio, que tem usado do convencimento para tirar um algo a mais de cada um de seus comandados. Curiosamente, desde que chegou, o que menos ele teve foi tempo para trabalhar com o elenco. Os treinos foram poucos e vai continuar assim. Depois da partida de logo mais, o Remo volta a campo na quinta-feira, 30/04, pela final da Copa Verde.
Com exceção do atacante Rony, que deixou o clube, Cacaio não tem nenhum desfalque. Alguns jogadores vêm de contusão e outros não estão 100% fisicamente. Como ele mesmo deixou claro, é o momento do sacrifício.
“A partir de agora, não existe mais poupar jogadores. Vão jogar os titulares. São duas decisões e queremos o título nas duas”, comentou o treinador, referindo-se, também, a Copa Verde.
O meia Eduardo Ramos, principal referência da equipe, é a esperança da torcida azulina por jogadas que possam desequilibrar. Diante do Paragominas, na semifinal do returno, ele marcou um golaço mesmo sem estar tão bem quanto ao condicionamento físico. Agora, espera um rendimento melhor ainda.
“A gente sempre sente um pouco a falta de ritmo. Tive oportunidades em que errei o passe, mas é assim mesmo. Agora, é a hora de pensar e se concentrar e fazer uma boa partida”, acredita o meia azulino.
Amazônia, 26/04/2015
