As relações comerciais no mercado do futebol estão em frequentes mudanças com novos tipos de acordo, sempre passando pela vitrine como ativo. O Remo, por exemplo, está em alta no mercado pela vitrine do Brasileirão, o que possibilita bons negócios em parcerias diversas.
Um clube da Série B, especialmente quando está bem posicionado, tem poder de barganha para lucrar mais em patrocínios, royalties, participação em direitos econômicos de atletas, multas rescisórias…
O êxito é uma questão de expertise e o Leão vem tendo avanços com produtiva assessoria da advogada Victória Branco, especialista em direito desportivo, que assessora o presidente Antônio Carlos Teixeira junto com o também advogado Gustavo Fonseca, diretor jurídico do clube.
Exemplos
O volante Jaderson, o zagueiro Ivan Alvariño, o lateral-esquerdo Alan Rodriguez, os atacantes Marrony e Matheus Davó, além do lateral-direito Thalys, são jogadores que se tornaram ativos do clube, que detém direitos econômicos também do atacante Gabryel Martins (20%), emprestado ao Ypiranga (RS), e fez multa rescisória expressiva para o jovem lateral-direito Kadu.
O artilheiro Pedro Rocha tem multa de R$ 30 milhões, enquanto o centroavante Felipe Vizeu tem de R$ 12 milhões. Isso tudo faz parte de uma nova era. Até a década passada o Remo era um clube voltado para as feridas financeiras que passavam de gestão para gestão.
Ao sarar as velhas feridas, voltou-se para o futuro. O futebol, que só gerava novas dívidas, passou a gerar novas receitas. O clube ainda está na transição de mentalidade, mas desenvolvendo bem a visão empreendedora que o futebol tanto exige.
Contratos negociados pelo Remo só são assinados depois da aprovação da advogada Victória Branco, que tem especialização em Portugal e cursos da CBF Academy. Esse crivo tem sido uma segurança providencial!
Atletas do Remo têm cláusulas proibindo-os, por exemplo, de andar de moto, pular de para-quedas e prevenções de envolvimento ilícito em apostas.
Passado
O pior negócio da história do Remo foi feito em 1986. O clube vendeu o artilheiro Dadinho por 2 milhões de cruzados para o Santa Cruz (PE), que o revendeu para o Internacional (RS). Até hoje, porém, o Remo não viu a cor do dinheiro. Entregou um ídolo e ganhou um calote!
Agora, existem mecanismos que protegem o credor, como o “Transfer Ban”, da FIFA, que pune o caloteiro com impedimento de registro de novos atletas. A dívida e o cinismo dos pernambucanos viraram folclore.
Vitrine
O zagueiro Kayky Almeida, 20 anos, recém-contratado pelo Remo, tem multa rescisória de 50 milhões de euros no Fluminense (RJ) e veio por empréstimo pela necessidade de jogar. É um ativo precioso na visão mercadológica do clube carioca e o Leão se beneficia pela vitrine que oferece na Série B, mas também por não ter produção própria para expor.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 15/06/2025
O zagueiro jonilson é produção do club do remo, porém não dão a devida atenção ao mesmo que joga muito.
Tem jogadores bom, mas prefere passar para outro clube e trazer esses caras. Como guty muito melhor que esse meia ai. Outra coisa cuidado leao de nao ser rebaixado, vc e vetrine não pegar morto e colocar no mercado como esse treinador portugues.