Os bicolores estavam pressionados pelo jejum de vitórias (eram 9, agora 10 jogos), enquanto os azulinos tinham um tabu de 9 clássicos mantido pelo rival.
Por conta desses fatores, os atletas dos dois lados estavam muito tensos e, em consequência, erraram demais no Re-Pa de quarta-feira (07/05). O lado bom é que tantos erros permitiram 5 gols e um jogo carregado de emoções!
Por onde passam no dia-a-dia, os atletas são cobrados enfaticamente às vésperas de um clássico paraense, inclusive com ameaças. Uns são mais impactados do que outros, mas ninguém se livra do nervosismo. É bem a essência do Re-Pa, principalmente para os recém-chegados.
O futebol vira duelo de guerreiros, e as torcidas aprovam, com a ideia de que Re-Pa deve ser isso mesmo. Deve mesmo?
Qual é a tendência para domingo?
O time do Paysandu segue sob o mesmo ardor das cobranças. O time do Remo leva o crédito pela quebra do tabu que tanto incomodava e ainda carrega a vantagem do empate para ser campeão. Agora, o que pesa é a cobrança pelo título estadual.
Ficou claro no jogo de ida que o time bicolor reage às cobranças com bravura e arrojo, apesar do tão alegado desgaste físico. Isso é superação! Domingo (11/05) não vai ser diferente. O time azulino já entendeu que precisa ser igualmente valente!
Será mais um jogo de imposição física e de erros decisivos pelo efeito da tensão. Em outras palavras, vai sobrar emoção!
Substitutos
Quem serão os herdeiros das vagas de Novillo e Jaderson? Na zaga bicolor, parece óbvio que será o uruguaio Quintana. No meio-campo azulino, há uma concorrência aberta pela herança. O meia Dodô seria uma proposta mais ofensiva, mas a tendência é que Daniel Paulista opte por quem ofereça mais consistência – provavelmente, o volante Pedro Castro.
1.000 gols
O Remo está a 16 gols do seu milésimo gol em clássicos Re-Pa. Para o Paysandu, faltam 18. O placar está em 984×982 para o Leão. Em número de vitórias, temos 269 do Remo, contra 243 do Paysandu e 265 empates.
Atitude
Repercutiu muito bem entre atletas e comissão técnica do Remo a atitude do presidente Antônio Carlos Teixeira, em solidariedade a Jaderson. O presidente foi do estádio direto para o hospital tão logo a ambulância saiu do Mangueirão conduzindo o atleta. Atitude muito humana, avaliaram todos no Baenão.
Brincadeira
Não apenas o volante Giovanni Pavani, mas todos estarão muito mais ligados no compromisso de não “brincar” em serviço. O atleta do Leão salvou-se de virar vilão graças ao gol de Sávio, mas acabou produzindo uma grande lição para ele e para todos que entrarão em campo no domingo!
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 09/05/2025