Como 2026 será o ano de Copa do Mundo, o calendário do futebol brasileiro será mais apertado ainda. Por conta disso, a Série A já começa no dia 28/01 e o planejamento do Clube do Remo começou nesta segunda-feira (24/11), logo no dia seguinte à histórica conquista do acesso para a elite nacional.
A diretoria já vem estudando quem fica, quem sai e quem pode ser contratado. O patamar aumentou muito e o nível dos reforços deve ser bem diferente dos últimos anos. Inclusive, nesse processo, há praticamente uma prioridade – Guto Ferreira.
Internamente, o Remo vê o técnico que comandou a arrancada final para o acesso como um nome certo para a próxima temporada. A recíproca é verdadeira, Guto deu sinais de que quer permanecer, mas o acerto é algo que, obviamente, depende do que o clube vai oferecer não só na questão salarial, como estrutura e qualidade de jogadores para montar o próximo elenco.
Ainda na entrevista coletiva concedida após a vitória sobre o Goiás (GO), domingo (23/11), no Mangueirão, o treinador comentou sobre essa breve, mas intensa, passagem pelo Baenão, citando algumas memórias que já estão entranhadas em sua mente.
“Nunca neguei essa força, essa situação externa do acreditar até o último instante. Já falei da força do paraense e foi mais uma demonstração. Com certeza isso trouxe uma segurança, uma confiança para o atleta de não se entregar, de entender que até o último momento tinha que entregar o melhor de cada um. Aí o melhor aconteceu e foi essa festa maravilhosa”, comentou o técnico, ressaltando o poder dessa entrega dos jogadores.
“Em relação à situação inicial, o que mudei foi fazer os jogadores entenderem que precisavam entregar mais e jogaria quem tivesse pensando no ‘nós’ e não no ‘eu’. À medida que todo mundo foi entendendo, foram entrando no trabalho e todos puderam ajudar. Nada mais do que isso. O resto foi circunstância normal de um trabalho”, completou.
Mesmo com passagens por grandes clubes do país, Guto Ferreira fez uma revelação surpreendente ao falar sobre os 47 mil remistas que estiveram no Mangueirão e o quanto isso ajudou a equipe.
“Vou falar um negócio: (torcida) a meu favor, foi o maior público. Tinha trabalhado na Fonte Nova com 48 mil. Tinha a Ponte Preta (SP), o Internacional (RS), não chegamos a ter um público desse ao lado. Cara, que bom! Tenho que agradecer a Deus! Chegando em casa, vou botar o joelhinho ali dobrado e agradecer a Ele por me oferecer esse momento”, falou.
Diário do Pará, 25/11/2025


