Kadu – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Kadu – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

Cada dia mais dinâmico, com novas formas de parcerias entre clubes e investidores, o mercado do futebol transforma em “pizza” os direitos econômicos de jogadores, tal o fatiamento que é feito.

A divisão contempla empresas, agentes, investidores individuais e atletas, além dos clubes. São acordos em cima do faturamento em futuras transferências. Podem dar grandes lucros, como também prejuízo, mas geralmente o resultado é positivo.

Essa dinâmica implica também em transferências precoces, onde os garotos saem muito cedo do clube de origem para clubes com melhores condições de desenvolvimento e de valorização.

É o caso do lateral-direito Kadu, cedido pelo Remo ao Botafogo (RJ), mais por perspectiva comercial do que por resultado técnico imediato. Dando certo, ganham todos – atleta, clubes e, principalmente, a SAF de Jhon Textor.

Passado

O atacante Rony deu breve resultado técnico e discreto resultado financeiro ao Remo. Ele é apenas um exemplo dos frutos em uma época de gestão bem menos profissional que agora.

Presente

Na realidade atual, os talentos de grande potencial vão sair sempre cedo, a não ser que os clubes conquistem vitrines de protagonistas e cresçam no mercado do futebol.

Enquanto os clubes forem coadjuvantes em prateleiras inferiores, em graves apertos financeiros, não terão mais que as menores fatias da “pizza”. Isso, se tiverem alguma!

Negócios

Na contramão do habitual, o Remo recebeu o meia mato-grossense Alex Dias como um grande talento, ainda para o seu time Sub-20. Foi sucesso!

Profissionalizado, deu resultado em campo, sendo craque do time e herói na conquista do Parazão de 1994, além de sucesso nas nas finanças, ao ser vendido para o Boavista (Portugal).

Nos anos 90, o Remo faturou em vendas para clubes portugueses com craques como “Rei” Artur, Luciano Viana, Alex Dias e Tarcísio. Agora o Leão tem o meia paulista Guty emprestado ao Primavera (SP).

Televisão

O sucesso brasileiro no Mundial de Clubes deve resultar na venda do Campeonato Brasileiro (Séries A e B) para mais países. Obviamente, isso interessa diretamente aos clubes paraenses, pois pode ser o início de um redimensionamento para os clubes brasileiros.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 06/07/2025

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