É fato que a chegada do técnico Guto Ferreira foi determinante para a guinada que o Remo empreendeu nas últimas 4 rodadas da Série B.
Sem revolucionar ou mudar radicalmente a maneira de atuar, ele deu ao time um sentido de competição que não era evidente desde os tempos de Daniel Paulista no comando.
As vitórias em sequência atestam o encaixe com o elenco, visivelmente mais motivado e disposto a ir às últimas consequências em busca do objetivo maior – a conquista do acesso à Série A na temporada 2026.
Com António Oliveira, que ficou tempo demais no clube, o espírito era outro.
Um ponto importante é a motivação dos jogadores que estavam escanteados e que passaram a ser utilizados e valorizados. O lateral-direito Marcelinho, o volante Nathan Camargo e o meia-atacante Diego Hernandez são os principais exemplos.
Na entrevista que deu depois da vitória no Re-Pa, Guto foi cirúrgico ao descrever a estratégia em relação aos jogadores. Ele apostou na valorização como forma de garantir competitividade na reta final do campeonato. Não quer proporcionar espetáculo, quer resultados!
Até mesmo o apagão no segundo tempo do clássico foi explicado como algo natural para quem queria garantir a vitória e precisava se expor. É verdade que a demora na tomada de decisão poderia ter determinado a derrota, mas o técnico entendeu que o risco valia a pena. Quem há de discordar?
Blog do Gerson Nogueira, 16/10/2025