Dificilmente você vai lembrar de uma rodada no futebol brasileiro em que a arbitragem não foi tema central. Geralmente, os jogos são marcados por polêmicas, como no caso do empate entre Coritiba (PR) e Remo, pela 23ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, disputado neste sábado (23/08), no estádio Couto Pereira, na capital paranaense.
Após a partida, o executivo de futebol Marcos Braz foi para a coletiva de imprensa no lugar do técnico António Oliveira e disse que o que fizeram com os azulinos foi uma “covardia”, reclamando da arbitragem comandada pelo árbitro Jefferson Ferreira de Moraes (GO).
Tudo aconteceu aos 10 minutos do segundo tempo, quando o árbitro expulsou o goleiro Pedro Morisco e marcou pênalti para os remistas após Caio Vinícius levar uma cotovelada do adversário. No entanto, o VAR recomendou revisão do lance, apontando uma falta anterior cometida pelo volante azulino.
“Entendo que o jogador de azul (Caio Vinícius) vai para impedir a reposição de bola do goleiro antes da cotovelada. Recomendo uma revisão para um possível não penal. O cartão vermelho está confirmado”, informou o árbitro de vídeo Rodrigo Nunes de Sá (RJ).
“Voltarei com cartão vermelho e falta em favor do goleiro, porque ele (Caio Vinícius) atrapalha a reposição de bola”, respondeu Jefferson.
Segundo as regras de jogo da FIFA/IFAB, especificamente na Regra 12, que trata de faltas e conduta antidesportiva, quando o goleiro tem a bola sob controle, seja segurando com as mãos, quicando ou se preparando para repor em jogo, nenhum adversário pode: tocar ou tentar tocar na bola enquanto o goleiro a controla; ou obstruir a reposição ou atrapalhar de forma clara a ação do goleiro de soltar ou repor a bola em jogo.
Nesse caso, se um adversário se coloca na frente do goleiro para impedir ou retardar a reposição rápida, o árbitro deve considerar isso como conduta antidesportiva – atrasar o reinício do jogo.
Na prática, o árbitro deve interromper a jogada e aplicar cartão amarelo por conduta antidesportiva. O jogo é reiniciado com um tiro livre indireto a favor da equipe do goleiro, no local da infração.
Porém, a expulsão é mantida sem pênalti? Apesar da obstrução do adversário, as regras deixam claro – nenhuma conduta violenta é justificada! Portanto, dar uma cotovelada é considerado agressão (conduta violenta), independentemente da bola estar em jogo ou não e a regra determina que a punição é a expulsão direta. Ou seja, mesmo havendo a infração do adversário antes, o goleiro não pode reagir com agressão.
Sendo assim, o cartão vermelho foi mantido, porque a agressão é uma falta disciplinar grave e independe da jogada em andamento. O jogo foi reiniciado com tiro livre indireto a favor do Coritiba (PR), conforme frisa a regra.
Estado do Pará Online, 24/08/2025



A arbitragem está correta! o errado é o Remo de não conseguir ganhar e ainda pegar pressão mesmo com um jogador a mais!
A serie B desse ano tá nivelado por baixo com todos os times…Todos…essa era uma série B para o Remo aproveitar e conseguir subir…MAS…com esse time comandado por esse Portuga não vanos para frente
Provavelmente se fosse a favor do Coritiba o árbitro marcava o pênalti e o VAR sequer se manifestaria, ou o árbitro iria manter a decisão. Aliás, o árbitro estava com muita vontade de dar o jogo para o Coritiba, talvez para compensar a corretaexpulsão e sair bem para os paranaenses no Couto Pereira. Na minha opinião isso ficou nítido, principalmentedepois da expulsão. Lances faltosos em favor do Remo ele não marcava, já em lances idênticos em favor do Coritiba as faltas eram marcadas. Na expulsão do Davó e no pênalti o impulso do árbitro nas marcações foram fantásticos, parecendo torcedor quando pede as marcações nos jogos. Mas, contra o Remo é sempre assim. Não esqueço, aquele assalto do VAR contra o Atlético Goianiense que criou uma falta para desmarcar o segundo gol do Remo e que o árbitro amapaense, sem personalidade, aceitou. Aliás, o árbitro do VAR, salvo engano, também era do RJ.
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