Dener – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Dener – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

Formado na base do São Paulo (SP), o volante Dener ficou pouco tempo no Brasil após virar profissional. Em 2014, assinou com o Portimonense (Portugal), onde atuou por 8 temporadas. Durante seu período longe de casa, ainda jogou pelo Al-Tai (Arábia Saudita).

Cerca de 10 anos depois, o jogador sentiu o desejo de retornar e escolheu o Remo, time que o conquistou pela “torcida fanática” que tem.

“Queria voltar ao Brasil por aquele desejo de jogar o Campeonato Brasileiro, de ver as torcidas. Tinha vontade de voltar a experimentar isso novamente, de viver isso de novo. O Remo surgiu com interesse. Foi uma combinação do que eu queria com o que o clube gostaria. Das pessoas das quais conversei, o primeiro assunto foi sobre a torcida fanática, que apoia a equipe, isso me conquistou e me deu mais vontade de estar aqui”, comentou.

Segundo o jogador do Leão, nem todas as regiões do país possuem torcidas tão fanáticas e numerosas quanto no Brasil.

“As torcidas (portuguesas) estão concentradas nos 3 times grandes. No Brasil é diferente, cada região tem o seu público, torcedor. Norte e Nordeste têm times gigantes, times que não estão nem na Série A, mas gostaríamos que estivessem, para ver um campeonato cada vez melhor”, disse.

De volta ao futebol brasileiro, além da diferença nas arquibancadas, Dener sentiu uma grande distinção em relação ao futebol português e ao árabe – a “liberdade” para jogar.

“O que senti diferença no meu retorno é que eles pedem para tentar mais, arriscar mais, aquele jeito brasileiro. Temos mais liberdade para improvisar, para colocar seu talento sem medo. Tenho gostado bastante disso”, afirmou.

O atleta azulino acredita que se conseguir aliar a técnica com uma disciplina tática, os jogadores do Brasil “vão sobrar”.

“O brasileiro sempre teve esse diferencial. Acho que os outros países se adaptaram no que eles são melhores. Temos que nos atualizar no futebol, porque acho que é muito mais rápido. A maioria das vezes é jogar com um ou dois toques, mas você precisa do drible. Se o brasileiro conseguir manter isso e se adaptar com a parte tática, ele vai sobrar”, concluiu.

Globo Esporte.com, 10/02/2025

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