Remo 2×1 São Luiz-RS (Anderson Uchôa) – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Remo 2×1 São Luiz-RS (Anderson Uchôa) – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

O jogo foi equilibrado e duro na maior parte do tempo, mas nunca monótono! O placar de 2 a 1 expõe as dificuldades que o Remo teve em campo nesta quarta-feira (08/03), diante do São Luiz (RS), pela Copa do Brasil.

É verdade que, em determinados momentos, ficou a impressão de que a partida poderia ter sido melhor controlada pelos azulinos. Apesar disso, a classificação foi inteiramente merecida e garantiu ao Remo uma premiação acumulada de R$ 3,75 milhões.

A festa grandiosa que a torcida fez antes, durante e depois do jogo se justifica pela importância da bonificação e também pela confirmação da boa fase do Remo na temporada. Foi a 8ª vitória em 8 jogos, em 3 competições diferentes, um desempenho que há muito tempo a equipe não apresentava em início de temporada.

Depois de ter sido poupado no clássico contra a Tuna, o time titular reapareceu e custou a entrar no clima da decisão. Os primeiros 15 minutos tiveram um ataque agudo do time gaúcho, com finalização do rápido Jarro.

Enquanto isso, o Remo se dedicava a estudar o adversário, retardando em excesso qualquer pressão sobre a área do São Luiz (RS).

Somente por volta dos 20 minutos, com o avanço de Pablo Roberto e a exploração do lado esquerdo com Pedro Vitor, o Remo entrou de fato em ação. Aí surgiram algumas boas tentativas!

A primeira, com Pedro Vitor, disparando de fora da área. Logo em seguida, Anderson Uchôa surgiu entre os zagueiros para mandar de cabeça no canto esquerdo. O goleiro Pablo defendeu espetacularmente. No minuto seguinte, a bola veio na cabeça de Fabinho, que desviou com muito perigo.

O problema era o excesso de toques nas proximidades da área, com muita parcimônia para limpar a jogada e definir o lance. Diego Tavares se atrapalhou duas vezes, Fabinho também.

Apesar disso, a busca pelo gol animou a torcida, estimulando o time a seguir cercando o setor defensivo do São Luiz (RS), que errava muito sempre que sofria pressão. Finalmente, em chegada pelo centro do ataque, o volante Richard Franco tentou levantar a bola e o zagueiro meteu o braço para impedir a passagem. O pênalti foi marcado e o zagueiro Ícaro cobrou com tranquilidade, abrindo o placar.

A partir de então, o Remo passou a ser dominante, expondo as fragilidades do adversário, expostas na falta de articulação de meio-campo e na ausência de força ofensiva. A única jogada era a bola esticada para Jarro, mas o Remo passou a vigiar bem essa estratégia e o perigo cessou. Renasceu, na forma de dois escanteios, no fim do primeiro tempo.

Na segunda etapa, o Remo se tranquilizou ainda mais, fazendo o 2º gol após cruzamento de Diego Tavares que o zagueiro Moisés desviou bizarramente para as próprias redes. A vantagem, àquela altura, parecia cômoda. Parecia!

Marcelo Cabo fez mudanças para dar mais velocidade, trocando Fabinho, Pedro Vitor e Richard Franco por Kanu, Leonan e Paulinho Curuá. Demorou, porém, a tirar Diego Tavares, que saiu a 20 minutos do fim para a entrada de Soares. Jean Silva, substituto de Pablo, também podia ter entrado antes.

Nos instantes finais, o time recuou excessivamente e aceitou a pressão desesperada de um time que só tinha uma jogada – cruzamentos na área.

Aos 44 minutos, Jarro disputou espaço com Diego Guerra, caiu e o pênalti foi marcado. Negueba converteu e transformou os 4 minutos de acréscimo em um teste de resistência emocional para o torcedor azulino.

A vitória se confirmou, mas o sofrimento final foi desnecessário e revelador da necessidade de mais ajustes na equipe de Marcelo Cabo.

Blog do Gerson Nogueira, 09/03/2023

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