Remo 1×1 Águia (Bruno Alves)
Remo 1×1 Águia (Bruno Alves)

O Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) julgou nesta segunda-feira (14/03), os pedidos de suspensão das punições dos jogadores Hatos, do Bragantino, e Guga, do Águia de Marabá.

Por ampla maioria (7 a 2), o TJD-PA decidiu anular o julgamento dos atletas e recomendou o retorno imediato do Campeonato Paraense 2022, que deve recomeçar no próximo final de semana.

O presidente do Tribunal, Denis Vinicius Rodrigues Renault, declarou a absolvição de Hatos e Guga. A Justiça Desportiva recomendou que os advogados dos atletas apresentem os documentos ao Tribunal em 24 horas. Ainda ficou decidido que o Itupiranga, clube onde os atletas atuavam quando foram expulsos, seja multado por não informar os jogadores das punições.

Agora, a Federação Paraense de Futebol (FPF) deve organizar a tabela com datas, horários e locais dos primeiros jogos das quartas-de-final do Parazão sejam realizados.

Confira o chaveamento:

Paysandu × Tapajós
Remo × Caeté
Tuna × Bragantino
Castanhal × Águia de Marabá

Roma News, 14/03/2022

9 COMENTÁRIOS

  1. Será que só o Paragominas sabia que o Hatos e o Guga jogaram irregularmente?

    Como pode o Bragantino e o Águia não terem verificado se havia alguma punição dos seus respectivos jogadores ao os contratar? Se não tinham, alguém tinha.

    A FPF que, em princípio, deveria ter informações formais de julgamentos com punição de jogadores em campeonatos que são de sua responsabilidade, que é o caso. Por isso, a FPF deveria ser devidamente punida pelo prejuízo moral e financeiro aos clubes, mas vai sair ilesa.

    Apenas o Itupiranga que vai ter que pagar uma multa mixuruca, nada além disso? Ou seja, os principais responsáveis pelo imbróglio saem impunes e a punição é um troco.

    Não acho correto decisões no tapetão e sim vitória em campo, porém essa eu entendo que o Paragominas está certo e merecia sim que a justiça fosse devidamente feita contra os negligentes, que o regulamento e as normas legais do campeonato sejam cumpridas.

    Por essas que o parazinho é cada vez mais zinho, virou um torneiozinho manipulado, deficitário e sem graça.

    • 1) Paragominas sabia, mas guardou a informação na manga para usar somente em caso de necessidade.
      2) Bragantino e Águia fizeram a verificação junto a FPF, que repassou a consulta ao TJD-PA, que por sua vez não respondeu em tempo hábil e os clubes assumiram que estava tudo certo. Só muito depois veio a resposta, mas já haviam atuado em algumas partidas e o estrago estava feito.
      3) FPF deveria ter mais controle sobre a situação de seus jogadores inscritos nas competições, incluindo as suspensões impostas pelo TJD-PA, que funciona no mesmo prédio da FPF.
      4) Itupiranga não cumpriu com uma obrigação, que é a comunicação aos seus atletas de julgamentos marcados nos tribunais estaduais (TJD) e nacionais (STJD), mesmo após o encerramento dos vínculos. Se quiserem ser tratados como clubes profissionais, devem assumir suas responsabilidades como tal.
      5) Paragominas estaria certo se o Itupiranga tivesse feito a parte dele (item 4). Como não fez, a denúncia do Paragominas se baseou em um fato nulo.
      6) FPF conseguiu avacalhar com todas as competições que “organizou” em 2021 e 2022.

      • Certo Remo 100%, tem sempre explicações para inocentar os “responsáveis”, porém as irregularidades existiram e nelas que deveria focar o julgamento imparcial. No caso, no mínimo, o Itupiranga merecia uma penalidade mais rigorosa com a sua desclassificação do atual campeonato.

        Já a FPF deveria ser obrigada a indenizar os clubes pelos prejuízos financeiros e morais da parada do parazinho por descaso de algo de sua responsabilidade. Absurdo justificar que não tem sistema para fazer o controle, mas deveria ter o mínimo controle manual pela excessão (pelo menos dos jogadores irregulares), mas pelo visto é uma bagunça lá.

        Lembrando que por duas vezes o parazinho já foi interrompido e isso já prejudicou o planejamento do Remo para o brasileiro e CB, pois agora terá que os disputar em paralelo com finais do parazinho, torneiozinho que serve mesmo para encher os cofres da FPF.

          • Caro Remo 100%, não se trata é de justificar erros, pelo contrário, não deve fazer vistas grossas aos responsáveis, buscar bloquear as causas, ter um julgamento justo punindo devidamente os negligentes pelos danos aos clubes prejudicados, inclusive o Remo.

          • Amigo Garra Azul, a questão é justamente essa: justiça.
            Os atletas foram julgados sem direito a defesa por erros de terceiros.
            A denúncia do Paragominas era plenamente válida, mas se baseou em um fato juridicamente nulo.
            Se não fosse pela irresponsabilidade do Itupiranga, quando não cumpriu com suas obrigações junto aos seus atletas e ex-atletas, hoje talvez o Paragominas estivesse livre do rebaixamento e o Bragantino caído, Águia poderia não ter se classificado, Parazão não seria reiniciado porque esses clubes certamente entrariam com recursos, etc.
            Tudo isso aconteceria e seria esperado que acontecesse. Não estamos tirando a razão da denúncia, apesar de ter sido feita pensando somente em benefício próprio do Paragominas, pois havia a ciência da irregularidade mas não houve a denúncia em momento anterior, já que estavam “esperando para ver como ia terminar”.
            Mais uma vez: a questão é que a base de tudo foi um fato anulado juridicamente, por isso, não existiam mais jogadores “irregulares” a serem denunciados.

  2. Piada essa Federação. Resolveram da forma mais fácil: anularam as irregularidades dos atletas e puniram o Itupiranga (que não tem expressão nenhuma e se recorrer vai perder, de qualquer forma). Como um jogador “profissional”
    é expulso numa competição por um time e não sabe que tem que cumprir suspensão, mesmo atuando por outra equipe ??? Palhaçada isso!

    • Os jogadores não foram comunicados sobre o julgamento. É obrigação do clube fazer essa comunicação aos seus jogadores nesses casos, mesmo após a rescisão contratual.
      Foi esse o erro cometido pelo Itupiranga que a defesa dos atletas usou para conseguir a anulação do julgamento.
      Em paralelo a isso, a FPF tem culpa por não ter um sistema automatizado que acuse a inscrição de um atleta com punição pendente e permita que ele seja escalado em partidas oficiais, mas essa obrigação não está na lei.

  3. E quem paga a conta? Há que se mudar a lei desportiva. Primeiro, a citação deve ser obrigação da Federação para com o atleta e com o clube em que ele estiver jogando no momento da competição; Segundo, em plena era da informática, é vergonhoso a Federação paraense não ter um sistema com a organização dos processos e das relações de atletas punidos para que eles sejam impedidos de jogar de forma a não gerar situações vergonhosas como a que acaba de ocorrer. Corrigir isso é fácil, simples. Evitem mais demonstrações de INCOMPETÊNCIA no futuro!

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