A palavra “equilíbrio” parece nortear o trabalho de Marcelo Cabo, novo treinador do Remo. Apresentado na última quarta-feira (28/10), no Baenão, o comandante terá como principal missão na temporada devolver o Leão à Série B do Brasileirão.
Questionado sobre como fará isso, o técnico, que terá na Série C um desafio inédito na carreira, disse que já tem o “caminho das pedras”.
“A gente vai buscar um equilíbrio na equipe. Tem algumas nuances do futebol, como o ‘atacar marcando’ e o ‘perde, pressiona’ que precisam ser treinados. A teoria e a prática são diferentes, porque existe uma equipe adversária que também nos estuda. Acima de tudo, precisamos de equilíbrio e variar nossa maneira de jogar, para surpreender o adversário. Apesar disso, prometo ter uma equipe muito forte na marcação e com boas tomadas de decisão no último terço”, disse.
A fala de Cabo, apesar de breve, é muito rica no ponto de vista tático. É possível, em uma pequena declaração, perceber que o treinador possui um estilo de jogo próprio, desconectado com aquilo que o Leão vinha apresentando na última temporada.
Afinal, como jogam as equipes treinadas por Marcelo Cabo? Para responder a pergunta, foi feita uma análise dos últimos trabalhos do treinador e um diagnóstico do que esperar do Leão em 2023.
Esse talvez seja o principal conceito para definir o “equilíbrio” proposto por Marcelo Cabo. Seja em marcação alta ou baixa, as equipes do treinador costumam ter linhas muito próximas, impedindo com que adversários criem jogadas no corredor central de campo. Exemplo disso ocorreu em 2021, quando o técnico esteve à frente do Atlético (GO).
Na apresentação no Remo, Marcelo Cabo disse que usaria a formação 4-2-3-1 como base para a temporada. Apesar disso, ele explicou que o esquema ajudaria a equipe a variar estilos de jogo durante a partida.
“O esquema que mais gosto de jogar é o 4-2-3-1, porque ele oferece mais opções de mudanças. Durante a partida, posso variar para o 4-1-4-1 ou 4-3-3. Não propriamente vou jogar o ano inteiro no 4-2-3-1, mas esse sistema me oferece alternativas. Acima de tudo, temos que ocupar espaços no campo”, comentou.
Na passagem pela Chapecoense (SC), último clube que treinou, Marcelo Cabo usou pelo menos 3 sistemas diferentes em jogos. O 4-2-3-1 permaneceu “imutável” em 6 partidas, mas as equipes comandadas por ele variaram 4 vezes para o 4-1-4-1 e uma para o 4-4-2 em losango, sempre de acordo com as características do adversário.
No Atlético (GO) em 2021, último grande trabalho da carreira, Marcelo Cabo colocava em campo uma equipe com muita força na marcação, aliando isso a saídas rápidas para o ataque. As formações utilizadas, citadas acima, contribuem muito para essa estratégia. O time usava e abusava dos pontas como “escape” de velocidade para o ataque.
Os jogadores mais abertos são peças imprescindíveis para o sistema de jogo do técnico azulino. Eles têm tarefas muito bem definidas no jogo com e sem bola. Além disso, ajudam nas escapadas pelas laterais e ajudam na compactação das linhas defensivas.
Sem a bola, os pontas utilizados por Marcelo Cabo têm funções muito específicas. Sem a bola, eles alternam perseguições mais curtas com um posicionamento mais próximo dos laterais. Com a bola, muita movimentação para bagunçar as defesas adversárias.
O Liberal.com, 28/10/2022
Falando é bonito. Vamos ver isso no jogo se vai dá certo.vamoa da voto de confirmar
1⁰ que na série C não temos material humano técnico pra jogar bonito.
Remo, Vila Nova (20), Ituano, Criciúma (21)
ABC, Mirassol, (22) nenhum deles jogava “bonito”.
MAS eram compactados e tinham bons sistemas defensivos.
No futebol de hoje,no mundo, os sistemas sobrepujaram 0 talento individual técnico. O PSG tem 3 dos 6 maiores jogadores do MUNDO. Mas times como Liverppol, City, Bayern e Real Madrid, que primam pelo sistema e senso de equipe, são hoje, times melhores. O Real Madrid ganhou de todos os adversários da última Champions liege, jogando de forma reativa.
Numa série C, com pouco dinheiro pra investir, os times precisam ter compactação e força física.
Não podemos esperar nada diferente no Teo se realmente quisermos o acesso.
À torcida precisa entender e aceitar essa realidade.
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