Gerson Gusmão
Gerson Gusmão

Na última terça-feira (21/06), o Remo encontrou um treinador para substituir Paulo Bonamigo na segunda metade da Série C. A bola da vez foi o jovem – e pouco badalado – Gerson Gusmão, ex-comandante do Botafogo (PB), adversário do Leão na competição nacional.

Ao bancar o técnico gaúcho no Baenão, a diretoria azulina optou por trazer à equipe um adjetivo que faltou na primeira metade do torneio – a consistência. Se o objetivo era esse, a escolha parece acertada.

As equipes comandadas por Gerson Gusmão costumam ceder poucas oportunidades de gol e são bastante difíceis de serem derrotadas. Para isso, o técnico implementa uma filosofia de trabalho árduo em cada setor de campo. Os jogadores se tornam “operários”, que trabalham em busca do coletivo.

Afinal, como jogam as equipes de Gerson Gusmão? O time é ofensivo ou defensivo? Como resolver o setor defensivo remista, o mais criticado na temporada?

Além da mudança de mentalidade, Gerson deve trazer à equipe azulina um novo desenho tático. Nas 2 equipes em que teve mais sucesso, Botafogo (PB) e Operário (PR), o técnico variou entre 3 esquemas – 4-2-3-1, 4-4-2 e 3-4-3.

Sim, o Remo poderá atuar com 3 zagueiros futuramente. O desenho ajuda a equipe na compactação defensiva, especialidade de Gusmão nos últimos trabalhos. Além disso, a formação dá mais liberdade aos laterais, que são os principais criadores de oportunidades do novo técnico.

O desenho tático nas passagens recentes poderia mudar de acordo com o adversário, mas a mentalidade não. As equipe eram extremamente focadas em recuperar a bola assim que o adversário entra no campo de ataque. Além disso, as jogadas de ataque eram construídas, majoritariamente, por lançamentos diretos.

À primeira vista, Gusmão parece chegar ao Remo para dar consistência ao meio-campo e ajustar a defesa. Com o técnico gaúcho, a equipe azulina deve impor muita dificuldade aos ataques adversários e sofrer poucos gols.

Por outro lado, as equipes de Gusmão costumam protagonizar placares magros. Isso se deve ao menor número de chances criadas. Apesar disso, as estatísticas recentes mostram que o gaúcho pouco sai derrotado de um jogo. Pelo Botafogo (PB), o treinador acumulou apenas 13 derrotas em 69 jogos.

Vale ressaltar que todas as equipes treinadas por Gerson eram “azarões” nas competições nacionais que disputavam. Apesar disso, o técnico conquistou 2 títulos brasileiros com o Operário (PR), somado à uma campanha consistente na Série B com o time paranaense; e levou o Botafogo (PB) ao quadrangular de acesso da Série C em 2021.

O elenco do Remo será o mais qualificado que o gaúcho já treinou em sua carreira. Por conta disso, Gusmão pode ser mais ousado em suas escolhas. Inclusive, durante a coletiva de apresentação à imprensa, o treinador disse gostar da posse de bola, mas ressaltou que precisa de bons atletas para fazer com que o estilo de jogo dê certo.

“Existe uma diferença entre o que gosto de fazer e o que o grupo consegue fazer. Sou um profissional que vê o elenco que está à disposição. Tenho uma ideia de jogo e modelo isso de acordo com o perfil do elenco. Tudo depende da estratégia do jogo”, avaliou.

O Leão volta a campo nesta segunda-feira (27/06), a partir das 20h, para enfrentar o Figueirense (SC), no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC). O jogo é válido pela 12ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo e exclusiva pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora e ganhe 30 dias grátis.

O Liberal.com, 25/06/2022

7 COMENTÁRIOS

  1. Estive olhando o plantel do figueira e observei que o elenco é na sua maioria veteranos,isso pode ser explorado pelos nossos atletas,até pq lá está frio,e isso melhora sim o rendimento de quem está acostumado ao calor de nossa região. Vamos a vitória!!

      • A artrose também, tem jogador que ainda nem assinou e já está se queixando de dor nos ossos e tem outro reumatismo a caminho, só espero que o treinador não peça para ir embora.

  2. O Leão é muito grande hoje já tem uma boa quantidade de socio torcedor adimplente, por isso a torcida cobra demais do elenco. Gusmão já tem um raio X desta C 2022 e sabe que se o Time impor respeito será uma grande Festa o novo e definitivo aceso a série B.

  3. Vai precisar no mínimo 14 pontos para colocar o time na segunda fase, sem riscos, isto é, ganhar cinco jogos de 8 que faltam para fechar a primeira fase ou fechar os pontos de outra maneira, com empates fora, etc… Derrotas já passaram dos limites. Torço para que consiga. Bonamigo deu dois vacilos. O primeiro confiar em um ataque com Brenner no comando é o outro jogar sempre no 4-3-3 que, na minha opinião, é um sistema que perde ou ganha. Ganha se fizer os gols, perde se não fizer e foI isso que aconteceu. O ataque do Remo perde muitos gols, principalmente o Brenner que é o que mais perde. Não fazendo gols no 4-3-3 o meio, com poucos jogadores, não tem maior posse de bola e a defesa fica fragilizada, pega sufoco. A campanha com 5 vitórias, 5 derrotas e 1 empate comprova. O Remo precisa, inclusive alguns torcedores precisam, assimilar que o empate fora não é mal resultado. Em casa é vitória sempre. A derrota para o Altos, na minha opinião foi o maior complicador da campanha, a estratégia de vencer em casa, garantindo a pontuação necessária, teria dado certo, mas essa derrota foi decisiva, crucial. Outra situação foram as derrotas, quatro, fora. Os times que estão nas primeiras posições estão com 2 derrotas, no máximo 3. Não perder, portanto, também é importante dependendo das circunstâncias do jogo. Enfim, já estamos na fase de fazer contas.Vamos torcer. Acho que tem condições de crescer e conseguir, primeiro a classificação para outra fase e depois o acesso.

Comments are closed.