Erick Flores
Erick Flores

Antes de assinar contrato com o Remo, em abril deste ano, o meia Erick Flores sabia pouco do futebol paraense. Com o passar do tempo, o jogador passou a entender as rivalidades locais e conhecer um pouco da estrutura do clube.

Erick elogiou os projetos de desenvolvimento azulino e disse que um bom trabalho na parte administrativa pode colocar o Leão na rota de grandes jogadores pelo Brasil.

“Nesses temos de pandemia, fica complicado trabalhar. Não temos tantos recursos e não temos torcida. Apesar disso, aqui no Remo você vê que todos recebem em dia e os projetos saem do papel. Outros jogadores observam isso e aposto que o Remo vai crescer muito mais do que já está crescendo”, avaliou o jogador.

Erick chegou ao Baenão por recomendação do antigo treinador, Paulo Bonamigo, e do executivo de futebol, Thiago Alves. Apesar das boas referências, o meia disse só ter a dimensão do bom trabalho do clube quando desembarcou em Belém.

“Fico o dia inteiro no clube, então vejo tudo acontecer. As pessoas trabalham muito e lutam pelo melhor do clube. Quando você chega aqui, percebe que é nítido o crescimento. A diretoria está fazendo um trabalho muito positivo”, disse.

Apesar de ser peça importante no esquema tático do Remo, o meia Erick Flores não pôde entrar em campo na última partida do clube azulino pela Série B. O atleta se recupera de uma lesão na coxa e, por isso, precisou acompanhar as emoções do duelo contra o CRB (AL) de casa. O jogador criticou a atuação do VAR no jogo. Segundo ele, a tecnologia foi mal utilizada em lances capitais.

“Nessa última partida, quase quebro a TV de casa. Foram lances importantes e errar assim é complicado. Teve um pênalti no Victor Andrade que ele (árbitro) não marcou. Se fosse olhar no VAR, iria marcar na hora”, apontou o meia.

Apesar das críticas, Erick avaliou que a presença do VAR na Série B ainda é algo novo e precisará de um tempo de adaptação. Por conta disso, ele afirmou que os jogadores precisam ficar ligados em cada lance para não cometerem erros simples.

“Vi outros jogos da Série B e não pediram VAR em nenhum momento. É assim, tem jogos que não vão pedir. Então já falei com o pessoal que dentro da área tem que tomar muito cuidado. É mais a interpretação do árbitro”, disse Erick.

A última partida do jogador pelo Remo foi contra o Vasco (RJ), na 18ª rodada da competição. O meia foi diagnosticado com uma lesão grau 3 na coxa direita e deve ficar de fora por aproximadamente 6 semanas.

Apesar do boletim médico inicial, Erick disse que está se recuperando muito bem da lesão e pretende voltar ao gramado em menos tempo, planejando disputar uma partida pelo Remo em cerca de 2 semanas.

“Estou há uma 10 dias lesionado e o doutor (Jean Klay) tinha dito que minha recuperação seria de 6 semanas, mas tenho me recuperado bem. Espero voltar no jogo contra o Vitória (BA). Acho que para o jogo contra o Botafogo (RJ) está muito em cima. A lesão foi bem profunda, de grau 3, então precisa de mais tempo, mas acredito que no jogo contra o Vitória (BA) dá para jogar”, disse o meia.

A vitória do Remo sobre o Vasco (RJ), pela 18ª rodada rodada da Série B, foi um dos pontos altos da campanha azulina na competição e teve um gostinho especial para o meia Erick Flores. O jogador azulino, formado pela base do Flamengo (RJ), falou sobre o sabor de vencer o eterno rival.

“Vasco (RJ) sempre foi meu adversário. Comecei a jogar com 8 anos de idade, no Flamengo (RJ). Aprendi desde sempre que o Vasco (RJ) era meu rival. Por isso, jogar contra eles tem esse gostinho especial”, falou.

A partida de Belém foi a segunda de Erick contra o Vasco (RJ) no ano. Na primeira, quando ainda atuava pelo Boavista (RJ), empatou em 2 a 2, pelo Cariocão. Por conta desse resultado, Erick disse que entrou ainda mais focado para a partida contra o cruzmaltino em Belém. Na cabeça do jogador, era importante que o embate entre ele e o clube carioca não ficasse empatado.

“Quando chegou a semana do jogo, tinha dito para todo mundo que dava para ganhar. Nosso time estava bem arrumadinho. Fomos para o jogo e conseguimos o resultado. Foi, para mim, nossa melhor partida na Série B”, contou Erick.

Apesar de estar há 4 meses em Belém, o meia ainda segue se adaptando às rotinas do clube azulino. O atleta falou sobre os desafios que enfrentou na chegada ao clube paraense e lembrou a eliminação para a Tuna, na semifinal do Parazão.

De acordo com Erick, a partida contra a Lusa foi o “ponto baixo” da passagem dele pelo Baenão. Ele revelou que o resultado negativo o deixou sem confiança, tornando o processo de adaptação ainda mais difícil.

“No Estadual, joguei 5 jogos. Acho que comecei bem, mas tive a infelicidade de perder um pênalti em uma semifinal. Baixei a guarda e fiquei muito sentido, aquilo me doeu muito. Fiquei sem confiança e jogar daquela forma é horrível”, relatou.

A partir dessa partida, Erick Flores passou a ser preterido em algumas partidas e ficou de fora em confrontos importantes, mas quando começou a pensar que a passagem por Belém seria mais curta que o esperado, uma oportunidade bem aproveitada se transformou em um “divisor de águas” para a sequência dele no clube.

“Tudo mudou no jogo contra o Náutico (PE). Sabia que se fosse mal naquele jogo não teria mais chances aqui no Remo. Então entrei focado e consegui fazer um bom jogo. Desde então, consegui manter regularidade e consegui uma vaga no time titular”, contou.

O espaço entre os titulares não se deve somente à determinação de Erick Flores. O meia foi beneficiado com a chegada do técnico Felipe Conceição. Com o novo treinador, Erick passou a jogar mais no meio-campo, posição em que atuava há mais tempo.

Antes disso, o jogador participava dos jogos como atacante, aberto na ponta direita. Ele revelou que, apesar de ter sido trazido ao clube por Paulo Bonamigo, ele só atuou com a camisa azulina na sua posição de origem em uma única partida.

“Quando cheguei, falei que jogava de meia e como segundo volante. Já tinha trabalhado com Bonamigo antes e exercido essas funções, mas enquanto ele esteve aqui, não joguei assim. Fui jogar nessa posição apenas contra o Sampaio Correia (MA). Na função que jogava com Bonamigo, de ponta, não atuava há pelo menos 1 ano”, disse Erick.

A próxima partida do Remo pela Série B do Brasileirão será na sexta-feira (26/08), às 19h, no estádio Bento Freitas, em Pelotas (RS), valendo pela 21ª rodada.

Oliberal.com.

6 COMENTÁRIOS

  1. Alias além do treinador, quem está jogando e honrando digo representando o Remo são: Vinicius, Ennes, Romercio, Keven e Igor, Uchoa, Siqueira, Erick e Gedoz; Vitor e Matheus (Tocantins). Essa é a melhor formação do Remo até aqui.

  2. Nao sei vcs, mas essa derrota para o CRB doeu bem mais que as falhas/roubo nas partidas contra Nautico, Coritiba e Londrina.
    O Remo foi injusticado demais nessa ultima partida, e nem sequer houve nenhum comentario em rede nacional sobre o que aconteceu. Pelo contratio, enalteceram a falha do VAR no jogo do Botafogo, que por sinal eles ainda venceram.
    Presidente, abra o olho! Ainda vao querer “dar a forra” pro Botafogo justamente contrao Remo.
    Que tristeza que aconteceu nesse ultima sabado!

  3. Olá Erick flores.
    Vc Realmente se destaca nesse time.
    Tô gostando de mais da formação do time.
    Espero que vc volte logo com bastante saúde .
    Quero ver o remo lá no g5.
    Também fico indignado todas as vezes que o nosso leão é roubado na cara dura.
    Tenho a sensação que não estamos jogando só contra uma time e sim contra um sistema.

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