Julio Rusch
Julio Rusch

Peça de contenção no meio-campo, Carlos Volante era um jogador argentino dessa posição que fez sucesso no Brasil com a camisa do Flamengo (RJ), de 1938 a 1943.

No final da década de 70, os times passaram a ter 2 “volantes”. Agora vemos times com 3, como vai ser no Remo de Mazola Júnior.

Os volantes simbolizam as transformações táticas, ditadas pela intensidade crescente do futebol. Na era do jogo cadenciado, um volante marcava dois meias. À medida que a preparação física foi acelerando o jogo, sumiram os típicos pontas e acrescentou-se o segundo volante, em nome também de maior odensividade dos laterais. A maior intensificação do jogo fez surgir o terceiro volante, em nome da consistência defensiva.

Força ou talento?

Até a fisiologia dar saltos e gerar atletas de altíssimo rendimento físico, o futebol era ditado pelo talento. Quem corria mais, corria 8 quilômetros por jogo. Agora, atletas chegam a correr até 14 quilômetros nos 90 minutos. A força e a resistência dos atletas e a falta de ousadia da maioria dos técnicos inibem o talento em campo e os jogos são mais disputados do que jogados.

Quando talento, força, resistência e ousadia se somam, surge um time avassalador, como o Flamengo (RJ) do português Jorge Jesus, já levado de volta pelo Benfica (Portugal). É bom lembrar que o Flamengo (RJ), dito como “referência” do momento, tem dois volantes que frequentemente se transformam em meias e atacantes.

No Remo

No novo sistema que Mazola Júnior pretende no Remo, um volante será peça central e os outros dois serão laterais por dentro, ou meias no sentido clássico, em ações ofensivas. Nessa proposta, mais liberdade para Eduardo Ramos e para os laterais Everton Silva e Dudu Mandai.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 19/07/2020

3 COMENTÁRIOS

  1. Se isso se concretizar e o time entrosar nessa forma de jogo ,então será um time bastante competitivo .

  2. Ansioso e com muita fé nesse time do Remo e o Mazola a frente nós passa confiança,vamos subir leão..

Comments are closed.