PSC 2×1 Remo (Lucas Siqueira e Fredson)
PSC 2×1 Remo (Lucas Siqueira e Fredson)

Após 2 meses de bola rolando e uma paralisação de 4 meses, chegou o momento final do Campeonato Paraense 2020. No palco da decisão, nenhuma surpresa e uma rivalidade que transcende qualquer definição possível.

Remo e Paysandu voltam a duelar neste domingo (06/09), a partir das 17h, no estádio Mangueirão, pela partida de volta da decisão do Parazão. A vantagem, embora parcial, é dos bicolores, que venceram o primeiro jogo por 2 a 1. Portanto, apenas a vitória interessa ao Remo. Se for por 1 gol de vantagem, a decisão irá para os pênaltis. Caso vença por 2 ou mais de diferença, o 47º caneco estadual estará consolidado.

Não é recomendável prever o resultado final dessa história, tendo como protagonistas os dois maiores clubes do Pará. O último clássico é um exemplo da afirmação anterior. Quando todos esperavam a vitória azulina, o adversário obteve uma virada com 2 gols em 3 minutos, a partir dos 40 minutos do segundo tempo.

É óbvio que há vários registros históricos favoráveis ao Remo. Portanto, trata-se de uma aposta de alto risco.

Do lado do Leão, que é o mandante, há um problema digno de tirar o sono. O meia Eduardo Ramos, principal referência técnica da equipe, está lesionado e fora da partida decisiva. O camisa 10 foi o autor do gol remista no último Re-Pa, além de protagonizar ataques perigosos.

Sem Eduardo, o treinador Mazola Júnior tende a apostar em Carlos Alberto, mas Douglas Packer “corre por fora”, pois não vem fazendo jornadas positivas. Inclusive, depois da derrota no jogo de ida, Mazola reclamou da qualidade das próprias substituições. Packer foi uma delas.

Como se trata de um jogo decisivo, com pequena margem de erro, a tendência é que a comissão técnica faça outra aposta. Vejamos…

No caso do Paysandu, absolutamente ninguém arrisca um clima de “já ganhou”. O treinador Hélio dos Anjos evitou com que os atletas se confraternizassem em campo, após a vitória no primeiro jogo. O gesto foi claramente uma tentativa para evitar o “oba-oba”.

O efeito foi imediato. Em todas as entrevistas e postagens em redes sociais, os atletas ressaltaram que é preciso manter a concentração.

Na equipe titular, não há desfalque, mas há um peso simbólico e que carece de resolução imediata. Com vários remanescentes da temporada 2019, o grupo convive com críticas em momentos decisivos, depois de perder o acesso à Série B e o título da Copa Verde.

De um lado, um Remo desfalcado, mas que tende a ser um guerreiro ávido por vingança. Do outro, a vantagem parcial do Paysandu e o desejo de celebrar títulos depois de um jejum que já dura 2 anos. Façam as suas apostas!

O Liberal.com, 06/09/2020