Jogadores remistas realizam atividade física
Jogadores remistas realizam atividade física

Envolvida em análise de um calendário a cada dia mais imprevisível, a CBF planeja auxiliar as autoridades de saúde nos estudos do coronavírus. Dentro do protocolo médico nacional, a entidade prevê os testes em jogadores e familiares que morem na mesma residência, além das comissões técnicas de 180 clubes pelo país, das Séries A a D no masculino e mais 52 no feminino. Os dados serão enviados ao Ministério da Saúde.

São dois objetivos com a realização dos testes. Um deles, claro, identificar no teste de anticorpos IgG e IgM – siglas para classificar o nível de infecção ou imunização nos pacientes – a condição de cada atleta. O outro é fazer um estudo de prevalência setorial, isto é, formar uma base epidemiológica de um pequeno grupo determinado, uma análise do perfil dentro de grupo de atletas, no caso.

A intenção é proteger este segmento sem comprometer outras pessoas, o que significa manter precauções de contato com o vírus. Bom lembrar que ainda há dúvidas sobre o comportamento do vírus no que diz respeito à reinfecção de uma pessoa anteriormente infectada, além de outras questões sobre a aquisição e custos de testes para coronavírus.

O protocolo nomeia 17 laboratórios no país credenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vender os kits.

Os médicos de cada clube devem enviar formulários que serão preenchidos diretamente em um sistema interno da CBF, com todas informações possíveis sobre os jogadores, como dados pessoais completos, descrição de sintomas, tipo de teste realizado, o resultado do teste e a evolução do paciente.

No protocolo de alguns Estados, de modelo semelhante ao documento que ainda vai ser distribuído para Federações de todo país, há destaque para esta “fase de acompanhamento”. Os testes nesses 180 times pelo país englobam mais de 100 municípios em território nacional, o que pressupõe realidades das mais distintas.

Os estudos sobre a epidemia mostram que 80% da população vai pegar coronavírus e não vai apresentar sintomas ou vai ter apenas sintomas leves. Com esses dados estatísticos, as autoridades sanitárias podem ter mais informações para eventual flexibilização do distanciamento social. A partir dos testes, ainda é possível que um grupo maior de jogadores treine junto.

Globo Esporte.com, 21/04/2020