De acordo com o treinador do Clube do Remo, João Nasser Neto, o Netão, apesar dos resultados ruins em campo, os jogadores possuem qualidade suficiente para tirar o Leão da zona de rebaixamento, mesmo estando na “lanterna” do Grupo A da Série C.
Netão ainda comentou, no último sábado (14/07), que alguns profissionais deveriam retornar justamente para “dar liga” nos compromissos finais do time pela fase de grupos.
Porém, antes mesmo de começar a montar a onzena que irá atuar no próximo domingo (22/07), frente ao Confiança (SE), fora de casa, o comandante viu as poucas peças de qualidade do plantel desaparecem, ficando, assim, encurralado com a mesma base que não deu certo nas apresentações passadas.
A baixa mais sentida foi confirmada na noite de terça-feira (17/07), com a rescisão de Everton, dono da camisa 10 azulina e que mais tinha agradado na função ao longo da temporada.
Com a saída do meia, pelo fato de não contar com outra opção com características parecidas, a tendência é que o time volte a improvisar no setor, já que o setor de criação é o mais carente.
Somente Rodriguinho faz a função de armador, mas tem atuado de maneira mais próxima do ataque desde o seu retorno à titularidade.
Com a redução no elenco, os volantes Fernandes, Leandro Brasília, Dedeco e Keoma deverão brigar por uma das vagas. A falta de agilidade para fazer a dupla função de marcar e atacar é o que compromete a escalação dos jogadores, assim, deixando o time à mercê de lampejos.
Outra posição sem suplente é na ala-esquerda. Embora Fernandes tenha alternado algumas partidas na posição, na última rodada, a inovação de Netão não correspondeu à altura, mesmo que Esquerdinha tenha feito bem o papel de ponta, proporcionando nova metodologia de ataque.
Jefferson Recife, reserva imediato na lateral, ainda se recupera de lesão e segue sem previsão de retorno.
Além de prejudicar o meio-campo, a saída de Everton afeta especialmente o setor ofensivo. Como nas 2 rodadas passadas, o articulador não estava em campo, a comissão técnica apostou nos pontas para fomentar jogadas com o centroavante.
Porém, com a lesão muscular de Ruan, a equipe perdeu um apoio no quesito velocidade. Mesmo não balançando as redes e com poucas inciativas, o atacante cumpriu com o papel de explorar o pivô.
“Nesse momento, não podemos mais diferenciar uma coisa da outra. Somos homens e temos que assumir as responsabilidades. Cada um tem que se doar em campo, porque a partir de agora a entrega será fundamental”, disse Esquerdinha.
Diário do Pará, 19/07/2018