Nos 4 primeiros dias de treinamentos, Oliveira Canindé focou em ajustes táticos. Tudo por posse de bola qualificada, com melhor conexão entre defesa, meio e ataque, sem tanta correria. O Remo já pode ter outro perfil nesta segunda-feira (19/06), em João Pessoa (PB)? Talvez.
Parece difícil uma boa transição defensiva com Tsunami e João Paulo, volantes que desarmam bem, mas com dificuldades no passe. Isso força Eduardo Ramos a voltar muito para iniciar jogadas e facilita a pressão do adversário.
Na realidade, o Remo não tem nenhum volante com capacidade técnica para armar jogadas. Isso é um problema grave, até porque os laterais também pecam muito com posse de bola no campo de defesa. O Remo melhoraria a posse de bola com Flamel e Eduardo Ramos juntos, mas perderia muito em marcação.
Em um jogo como esse, contra o Botafogo (PB), essa opção só cabe em uma situação em que o Leão esteja perdendo e precise se arriscar. A entrada de Jayme é um acerto, pela capacidade física que ele tem de marcar e de atacar, além de estar com a confiança em alta.
Enfim, o jogo vai dar os sinais do que será o Remo do estreante Oliveira Canindé, que é motivo de esperança para uns e de desconfiança para outros.
[colored_box color=”yellow”]Com 18 gols, o paraense Rafael Oliveira, do Botafogo (PB), é um dos 3 maiores artilheiros do país na temporada, mas nesta Série C ainda não funcionou. Todos os 3 gols botafoguenses foram marcados por Dico, atacante contratado em maio junto ao Treze (PB). Rafael Oliveira se recuperou esta semana de uma lesão muscular, sendo tratado como dúvida para o jogo contra o Remo.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 18/06/2017
