Henrique
Henrique

No Remo desde a metade de 2015, quando saiu do Paraupebas para disputar a Série D do Brasileirão pelo Leão Azul, o zagueiro Henrique já contabiliza 47 jogos oficiais com a camisa azulina. Em 3 anos de Baenão, o defensor sabe muito bem como funcionam as engrenagens do clube.

Por ser o jogador mais antigo do elenco, o zagueiro tem moral para falar, alertar e comandar os companheiros em campo, tanto que foi agraciado com a braçadeira de capitão dada pelo treinador Josué Teixeira.

A eliminação traumática da Copa Verde faz parte do passado do zagueiro, que nem gosta de lembrar do momento negro que o time viveu na última semana.

“Foi dolorida para todos essa eliminação. Aconteceu, mas não adianta ficar remoendo o passado, indo atrás de culpados. Errou um, então todos erraram, não serve agora de lamentação. Estamos em outra competição e nossa missão é manter nossa boa campanha. A gente sabe que o Campeonato Paraense tem muitas barreiras. É passar por cima delas. As dificuldades fazem parte da vida de cada um, devemos saber superá-las. Fazendo sol ou chuva, temos de dar resposta boa para o torcedor e também pra nós mesmos, porque precisamos chegar na semifinal com confiança”, apontou.

Mesmo querendo passar borracha na derrota para o Santos (AP), Henrique falou que nunca, nos 3 anos de clube, participou de uma jornada tão inglória como foi em Macapá (AP).

“O time veio bem do jogo contra o São Raimundo e com o Paysandu. Fizemos um segundo tempo razoável contra o Santos (AP), mas no jogo de volta fomos nulos, deixamos a desejar e, quando isso aparece, gera dúvida no trabalho. Aqui (no Remo) não pode acontecer essa, senão, será um trabalho inferior”, lembrou.

Tudo na vida tem explicação, nada fica sem resposta mas em se tratando do jogo contra os amapaenses, Henrique conta não ter como responder, esclarecer o que realmente houve com o time azulino em campo.

“Como capitão da equipe, meu papel é cobrar dos companheiros. Gritava muito na partida para não desistir, não se entregar, mas os jogadores estavam atuando abaixo da média. Temos consciência da realidade e agora eles estão vendo como é jogar no Remo. Não é ‘mil maravilhas’, empolgação de estar vindo de bons resultados, só elogios. O nosso torcedor cobra”, disse.

“Alertei os amigos. Perder um jogo mostrando vontade, a cara que a gente vinha mostrando no campeonato, nosso torcedor não ia fazer aquilo que fez. Nunca seríamos recebido à ovada no aeroporto e nem seríamos cobrados nos treinamentos. Em 90 minutos, deixamos escapar todo o sonho do torcedor remista. Agora, não vale aqui arrumar desculpa. É seguir no campeonato para chegar ao título. Vamos para Tucuruí para uma nova etapa. Ressurgir com fé, devolver a motivação à nossa estimada torcida”, finalizou.

O Liberal, 09/04/2017