Eduardo Ramos
Eduardo Ramos

Há 4 temporadas no Remo, o meia Eduardo Ramos é considerado um dos líderes entre os jogadores. Por isso, ele foi escolhido como uma espécie de porta-voz do elenco para as reivindicações junto à diretoria, até porque o clube não conta com um executivo de futebol.

Eduardo garante que não partiu dele a paralisação dos atletas na última terça-feira (08/08), que se recusaram a treinar em razão de salários atrasados, mas disse apoiar o grupo pelo direito de receber o pagamento em dia.

“Isso não partiu de mim, pois tem gente que diz que o capitão toma a frente ou algo nesse sentido. Não tomo decisão alguma sozinho, sou apenas um humilde porta-voz dos meninos com a diretoria para evitar um estresse, um incômodo. Foi feita uma reunião e 80% do grupo se achou no direito de cobrar, pois algo tinha sido prometido para pagamento após o jogo contra o Confiança (SE)”, informou.

“Sem fazer crítica a ninguém, mas nesses 2 meses já me preparo para isso diante das coisas que já passei no clube. Não é algo que tem que ser normal, mas acontece por aqui”, completou Ramos.

O Remo depende quase que exclusivamente da arrecadação da venda de ingressos para pagar a folha salarial dos jogadores, já que os valores de patrocínios são bloqueados para o pagamento de uma outra dívida – com a Justiça do Trabalho.

Assim, um bom desempenho da equipe na Série C garante grandes arrecadações, mas os torcedores têm tido um pé atrás com o time remista, que tem vacilado nos confrontos em Belém. Foi assim nos empates com Cuiabá (MT), CSA (AL) e Confiança (SE), além da derrota para o Salgueiro (PE).

Essa desconfiança faz com que a torcida não lote o Mangueirão e, consequentemente, a renda não seja aquela espera pelos dirigentes.

“A gente assume a nossa parcela de culpa. Tudo passa por nós e não fugimos disso. Mesmo estando lá embaixo, esse time (Confiança-SE) empatou com Fortaleza (CE) e CSA (AL). A gente sabia que seria uma final, no segundo turno não existe time lá embaixo, na zona de rebaixamento. O nível, sendo bom ou ruim, está muito igual, tem que se preparar para uma guerra”, disse.

“O jogo que empatamos com o Confiança (SE) foi a pior ‘derrota’ do ano, estaríamos com 20 pontos e a torcida mais tranquila e feliz. Doeu muito e incomoda, mas vamos trabalhar. Temos condições de enfrentar o CSA (AL) e conseguir uma vitória, que não é impossível”, definiu o camisa 10.

É a terceira vez, nos últimos 3 anos, que os atletas do Remo se recusam a treinar em razão de salários atrasados. Para “salvar” o ano do clube financeiramente, Eduardo Ramos sabe que a saída é, também, garantir a classificação ao mata-mata que vale o acesso à Série B de 2018. Se chegar à final da competição, então, o Leão pode fechar o ano de maneira bem mais tranquila.

“Temos que fazer de tudo para classificar o time ao mata-mata e buscar receber. A saída é essa, infelizmente. Não quero ir para casa agora, entrar de férias, vamos fazer de tudo para ir em busca desse objetivo. A gente sabe que as dificuldades são grandes, cria um momento ruim, gera uma dúvida na torcida, mas eles podem ficar tranquilos, pois vamos continuar trabalhando para que os erros apresentados contra o Confiança (SE) não venham mais acontecer, para que possamos buscar a classificação”, concluiu.

Globo Esporte.com, 10/08/2017

3 COMENTÁRIOS

  1. Esse discurso do Eduardo Ramos não justifica as bisonhas atuações do time e dele mesmo. O remo é um time de jogadores limitados tecnicamente , apático, sem entrega dos jogadores nos jogos e Prá piorar, sem sem esquema tático definido.

  2. Remo tinha q ter mantido levy, Wellignton saci, yuri e edno para esta temporada. O time ficaria mto mais forte com : Vinicius, levy, Leandro Silva, Bruno Costa, saci ; João Paulo , yuri, França : er10, pimentinha e edno

  3. Meu amigo, enquanto esse ER10 estiver no remo , não iremos a lugar algum. Ele atrapalha e contamina negativamente o time.

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