Marco Antônio Pina, o
Marco Antônio Pina, o "Magnata"

Na última semana, o Clube do Remo passou por mais uma situação inusitada. O meia Rafinha, que já estava apalavrado e de passagem comprada para desembarcar em Belém, desistiu de vestir a camisa do Leão em cima da hora. Entre tantas alegações para a desistência do jogador, surgiu uma explicação, revelada pelo diretor de futebol remista, Marco Antônio Pina, de que o atacante Ciro teria contado para Rafinha que deixou o Baenão com 5 meses de salários atrasados, informação que depois foi desmentida pelo ex-atacante azulino.

Independente das versões apresentadas, o certo é que Remo manteve a velha fama nacional de mau pagador e este tem sido um desafio da atual diretoria: fazer com que o clube consiga limpar essa imagem.

“É uma realidade. A gestão passada, por problemas financeiros ou por outros motivos, deixou de 3 a 5 meses em aberto com jogadores e funcionários. Estamos pagando o preço desta situação. É uma nova gestão, são pessoas de credibilidade, tanto é que estamos conseguindo montar um plantel competitivo, porque as pessoas acreditam em quem está à frente do Remo, começando pelo presidente e pelo vice”, defendeu Pina.

O dirigente conta também que tem sido feito um trabalho muito grande, principalmente na base do diálogo, para que se os jogadores sejam convencidos a jogar no Leão.

“A gente fala que é uma nova realidade, novas pessoas, mas sabe como é o mundo da bola. Eles pegam informações sobre a diretoria do Remo. Também falamos sobre a questão salarial, a gente afirma que só pode pagar tanto e eles aceitam e confiam. Acho que a maior malandragem no futebol é ser honesto. O Remo dá projeção, é um time grande, com torcida apaixonada. É claro que a situação dos salários atrapalha, mas aos poucos vamos desconstruir essa imagem pagando os salários em dia e honrando os compromissos”, prometeu o diretor de futebol do Leão.

Diário do Pará, 08/01/2017