Nos 4 meses da sua trajetória na Série C, o Remo arrecadou cerca de R$ 2 milhões (lucro) entre bilheteria, sócio-torcedor, royalties e outras fontes. Conforme uma fonte ligada à diretoria, as despesas foram em torno de R$ 2,5 milhões. O Leão fechou o campeonato devendo uma folha e meia de salários aos jogadores. Em consequência, ao negociar rescisões, o clube espalha promissórias para 2018. Aos funcionários, o clube continua devendo 4 meses, tal como no início do ano.
A temporada azulina foi pífia dentro e fora de campo. Os 9 jogos da Série C em Belém renderam R$ 2,3 milhões, mas deduzidas as despesas, deram um lucro de R$ 1,5 milhão nas bilheterias, na venda de 111.222 ingressos. Desse lucro, a Justiça do Trabalho levou R$ 450 mil.
Grande parte da receita do presente é consumida por débitos do passado e novos débitos são produzidos para o futuro. O Remo funciona assim há mais de 40 anos, repetindo erros e resultados.
É possível mudar essa história? Sim, plenamente possível, desde que se liberte do amadorismo e do casuísmo característicos das gestões que vêm se sucedendo, uma pior que a outra.
[colored_box color=”yellow”]Desenlace do Remo com Eduardo Ramos divide opiniões no clube. O jogador está vinculado até 30/11, ganhando R$ 33 mil por mês, entre salários e auxílio-moradia. O meia recebe mais R$ 17 mil de um acordo de pagamento de dívida, que só termina no final de 2018. Eduardo Ramos está no interior de Goiás, esperando chamado do clube para resolver as pendências.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 29/09/2017
