França, Martony, Pimentinha e Edgar
França, Martony, Pimentinha e Edgar

Ao se recusarem a treinar na tarde desta terça-feira (08/08), em protesto por atraso de salário, os jogadores expressaram união e deflagraram no Remo uma situação de “vai ou racha”. O clube havia prometido para esta data o pagamento da folha de junho, mas não conseguiu verba suficiente. O elenco, que já havia ameaçado não trabalhar em outra ocasião, chutou o balde.

Em consequência desse protesto, a responsabilidade cresce não só para a diretoria, mas também para o próprio elenco, inclusive porque os atletas e comissão técnica serão os maiores prejudicados se o time desandar nessa reta decisiva por classificação. Indo à decisão do acesso, o Remo atualiza pagamentos com uma única renda. Sendo eliminado nesta fase, em vez de dinheiro, só promissórias.

Se a atitude tomada foi só uma cobrança pública e todos voltarem ao trabalho nesta quarta-feira (09/08), os profissionais azulinos devem ganhar a compreensão e a solidariedade dos torcedores.

Se mantiverem a recusa, vão comprar briga com o verdadeiro patrão, que é o torcedor. Sobretudo porque o time também está em débito com o que vem produzindo em campo.

Por tudo isso, o momento pede dos atletas mais inteligência nessas cobranças de salário e mais produtividade para geração da receita. Nesse “vai ou racha”, a eliminação precoce do Remo iria doer no coração de quem torce, no bolso de quem trabalha e no estômago de quem depende desses operários da bola.

[two_third last=”no”][colored_box color=”yellow”]Além de quebrar os recordes de público e renda na atual Série C, com os 15.835 pagantes e renda de R$ 431.835,00, o Remo assumiu o 1º lugar no ranking de média de público, com 8.580 pagantes por jogo. Em seguida, vem o Fortaleza (CE), com 7.398, e o CSA (AL), com 6.981.

Em renda bruta, o Leão também lidera, com R$ 1.519.555,00. É pouco menos que a soma do 2º e 3º colocados, CSA (AL), com R$ 828.942,00, e Botafogo (PB), com R$ 788.191,00. A renda líquida total do Remo é de R$ 858.970,00. Desse montante, a Justiça do Trabalho levou quase R$ 350 mil. O que sobrou mal consegue cobrir uma folha salarial.[/colored_box][/two_third][one_third last=”yes”][colored_box color=”yellow”]Grave contusão de Gabriel Lima (fratura no tornozelo) veio quando fluíam entendimentos preliminares para a venda do atleta. O empresário Rony, ex-atacante do Fluminense (RJ), estava agindo no mercado para que investidores comprassem 80% dos direitos econômicos do jovem atacante. Não dá para aceitar que o gramado do Mangueirão tenha buraco suficiente para causar tão grave contusão em um jogador no aquecimento, em “roda de bobo”.[/colored_box][/one_third]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 09/08/2017

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